O CONCRETO E O ABSTRATO

O CONCRETO E O ABSTRATO

Tudo o que vemos ou que sentimos - os objetos - alojam-se na nossa mente, sob dois focos: “a priori” ou a “posteriori” : sem experiência ou com ela sensivelmente. E realmente há um mundo concreto, visível, e há um mundo abstrato, indefinível: No concreto temos como causa a matéria e no abstrato, na origem, as idéias. Reflexão sobre o tema ora enfocado. tem merecido a maior das atenções, pois nunca foi nem nunca será desfocado, eis que hoje ou amanhã, sempre será alvo de investigações. Em todo o tempo foi sempre permanecente. pois engloba formulação sobre o saber, daí a intenção de buscar resposta convincente: qual mundo mais real pode realmente neste momento ser? Em qual dos mundos estará só a verdade? O mundo das aparências, através dos sentidos, ou o mundo real originado da idealidade? Em tal conjectura, qual teria maior sentido? Impregnar a mente só com a realidade sensível, ou preenchê-la com as idéias prevalecentes que a gente logo interpreta e realmente sente? E tudo vem dos sentidos ou tão somente da mente? Pensando sempre de uma forma única, universal: enxergar, pegar, ouvir, tocar, será mesmo real? Ou enganosos, então, só os sentidos poderiam ser? Vamos crer na mente ou no fruto dos sentidos que se vê? Ou seria efetivamente a mais substancial realidade aquilo que aporta em nossa mente: a idealidade? Muitos aclamariam as duas proposições, tendo como certo o que existe concreto, tanto quanto o abstrato! Tal resposta por quase todos bem corroborada não satisfaz, entretanto, a razão, por não definir quase nada! No concreto ou no abstrato, onde mora a verdade? Para ajudar na resposta buscada, vejamos então esta realidade: optando pelo concreto, i.e., pela experiência dos sentidos, poderemos sim ficar enganados e bem indefinidos. Se pelo abstrato optar, então como acreditar no pleito, naquilo que não se vê, com defeitos ou sem defeitos? Em contrapartida, como seria possível provar: tudo o que se vê efetivamente é um objeto perfeito, se realmente todos os nossos sentidos são imperfeitos? O que será certo, então, de forma segura acreditar? Acreditar nos sentidos finitos que morrem e padecem, ou na mente que não morre e sempre prevalece? Pois não será real que a carne voltará ao pó da terra fria, enquanto o espírito tão logo retornará para a substância pura que o deu? Diante desse cenário, a resposta o leitor ou ouvinte escolhe, mas reflita antes de responder, pois ninguém nunca foi nem será proprietário da verdade, eis que no efêmero reino dos homens, só existiria a subjetividade, mas no reino da Trindade haverá sim, a única e pura realidade!Ela e somente ela tem verdadeiramente em si mesma a substância pura, como criadora do mundo desde o concreto ao abstrato e em sua infinitude deve ser reconhecida pelos seus súditos, fiéis e adoradores em qualquer instância. E com tudo esclarecido nos escritos da revelação sagrada, mesmo contemplando aqueles que não têm uma vida consagrada, não seria válido crer que só na causa de tudo estará a única verdade, e nela a sede da substância pura, a essência verdadeira?

Gilberto Maia Lorenzo

João Pessoa-PB, 27.01.2010

Gilberto Maia Lorenzo
Enviado por Gilberto Maia Lorenzo em 27/01/2010
Código do texto: T2053473
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