Miguel Pereira. O indispensável respeito mútuo entre vereadores e jornalistas.
O acompanhamento das sessões ordinárias da Câmara Municipal é um dever de todos os cidadãos. Desde que aqui cheguei, tenho procurado cumprir a minha obrigação prestigiando também os edis, divulgando e narrando, com imparcialidade, os fatos reais que se verificam no decorrer dos trabalhos. Acontece que, na maioria das vezes, os próprios vereadores criam um clima de hostilidade e de ausência de educação entre si e com a imprensa, tornando o ambiente desagradável.. Essa triste ocorrência reflete no público presente, o qual se vê na circunstância de se retirar antes do término das sessões.
A sessão de 22 de setembro foi pautada, quase que em sua íntegra, em desentendimentos e discursos de rivalidades, tendo sido, inclusive, declarado pelo próprio presidente da Câmara, Cláudio Eduardo ( Cuíca ) que a mesma estava sendo inútil, pois nada havia sido registrado de proveitoso, isto é,que beneficiasse a população.Evidentemente que essas declarações, como conseqüência, permite-nos considerá-las como um atestado de incompetência, não sendo, portanto, culpabilidade da imprensa presente escrever o que ora está sendo afirmado pelo signatário desta coluna.
Alguns vereadores devem compreender que cada profissional de jornalismo possui sua característica individual de compilar os contextos, nem sempre agradando o enfocado, posição que não deve ser vista como maledicência ou ofensa contra a sua moral, excetuando-se os casos em que são utilizadas efetivamente palavras chulas ou de baixo calão.
Por outro lado, os jornalistas que lá trabalham precisam conscientizar-se de que a ética é de fundamental importância para que o respeito mútuo possa ser preservado.Por tanto, necessário se torna que revejam seus conceitos, com relação ao cidadão então criticado, evitando o uso de terminologias que ensejam ofensa, desdém, humilhação e sarcasmo. Dessa maneira protegerão a invulnerabilidade de seu nome, bem como a credibilidade de seu trabalho.
Espera-se que, doravante, alguns vereadores e jornalistas se abstenham desses expedientes, procurando prover-se de humildade, simplicidade, ponderação nas palavras e atitudes, assim como moderando o tom de voz e, principalmente, respeitando o espaço de seu semelhante..