A doença não existe...

Explicar este tema torna-se um tabu bastante complicado ao analisarmos a vida prevalecendo o Eu material, advindo de uma metamorfose de um pensamento desenhado na mente que a assumiu.

Fadado a uma pequenez iludida resplandecendo uma tênue luz de visão baixa e curta. Ademais, poderíamos apelar e insistir na sua não existência pela sua abstralidade (em relação ao abstrato), ou seja, sua não consistência. O que é então? Só restando uma definição de um “ilusionamento da mente”, ou seja, uma ilusão. O que é a ilusão? É pensar que existe aquilo que não existe verdadeiramente.

Ao nos analisarmos como seres maravilhosos, perfeitos, filhos de Deus, pertencentes à Grade Vida e à Grande Luz, redesenha-se na mente uma resposta de porque, por este prisma, a “doença não existe”. Quando você se analisa e se conscientiza como um pequeno grão de areia, mas uma luz componente ou parte da Grande Luz, o Todo Poderoso, o Criador, tudo começa a mudar. O pensamento da necessidade de estar constantemente recorrendo a médicos e remédios materiais começam a se exaurir e vai diminuindo. O coração começa a se abrir mais. As tristezas desaparecem e, consequentemente, a doença não existirá mais, até pela confiança, sem temor e com restabelecimento da energia vital.

A seguir passo ao querido leitor dois textos: “Corpo é sombra do pensamento” e “A doença não existe” do livro, da Seicho No Ie, A Verdade da Vida, de Masaharu Taniguchi, às páginas 84 a 89:

Corpo é sombra do pensamento

O homem é espírito e a matéria é um pensamento desenhado na mente, que assumiu uma morfologia. Portanto, o corpo físico do homem pode ser manejado pela mente como ela desejar. A mente é que sente, trabalha ou interrompe a atividade. Por isso, mesmo que se diga que o estômago é ruim ou que o estômago não digere bem, na verdade, não é ruim a matéria chamada estômago. A mente, que faz o estômago trabalhar, pensou, em circunstância como a de excesso de comida ou de sensação de resfriamento do ventre, quem em consequência disso, pioraria a digestão; esse pensamento faz retardar a atividade do estômago e piorar a secreção do suco digestivo. Portanto, antes de o corpo adoecer realmente, constitui doença a “sensação” ou o “pensamento” de doença surgidos na mente, os quais interrompem a força vital do corpo. Este é o sentido do se diz, desde os tempos antigos, de que a doença é um padecimento da mente.

De um modo geral, porém, quando se diz que alguém sofre do estômago, esquece-se que amente é que sofrendo a priori e se procura a causa no aspecto materialístico: “é porque comi isto ou aquilo no dia anterior” ou “é porque resfriei o ventre descuidadamente”; e, quanto ao tratamento, também tenta recorrer a métodos materialísticos. Quando assim procede, mesmo que haja uma recuperação temporária, por causa desse procedimento, desenvolve futuramente na maioria das vezes um terreno propício para contrair doenças. Isto porque, partindo do fato de que a doença foi curada através de processos materialísticos, recebe a errônea sugestão de que a vida pode ser vivificada ou aniquilada pela matéria e acaba perdendo a convicção da natureza espiritual da própria vida. É por essa razão que não desaparecem os doentes nos lares em que a vida está sempre enquadrada aos métodos de higiene e só se fala em médicos e remédios.

Tomar consciência da natureza espiritual da própria vida – isto, no Budismo, é alcançar o estado de iluminação (conhecimento do verdadeiro); no Cristianismo, é alcançar a convicção do Filho de Deus; no Xintoísmo Clássico, é atingir a convicção suprema do mikoto (sagrado). Atingir esta sublime convicção é o objetivo de todas as religiões, ou melhor, é o objetivo do próprio homem, e quando se alcança esta sublime convicção, a força vital que está alojada em nós vai manifestar-se de acordo com o grau dessa convicção. Então, deve ser possível, como o foi a Cristo, curar doença alheia com uma palavra; ou, demonstrar diversas capacidades sobrenaturais, como foi a Buda. Obviamente, deve resultar a extinção de situações indesejáveis e incômodas como as de sofrer como uma doença em si próprio ou padecer por causa de dificuldades na vida cotidiana.

De qualquer forma, se estivermos doentes, é um erro não procurarmos a fonte da nossa vida que é a Grande Vida (Deus). Mesmo que estejamos doentes, da mesma forma como quando estamos saudáveis, Deus nos dá tudo aquilo de que necessitamos. Até pelo contrário, justamente nestes momentos, se acreditarmos em Deus, e, imbuídos da grande fé: “Para Deus não há o impossível”, a Deus nos entregarmos ardentemente, Ele nos curará infalivelmente.

Há pessoas, doentes ou familiares que os assistem, que, numa atitude de pedir a Deus porque não mais suportam tratamentos materialísticos, vem a mim à procura da força curadora da Grande Vida, depois que a doença se tornou muito crítica, tendo recorrido a todo tipo de tratamento médico e tentado todo tipo de métodos de saúde. Não há pessoa mais difícil que aquela apegada à ilusão: somente após já ter experimentado todos os tipos de tratamentos materialísticos é que a mente se vira em direção à Grande Vida. Por isso, na balança da mente dessas pessoas há sempre o desequilíbrio entre o que se chama de “vida” e o que se chama “matéria” e não há a conscientização da Vida que é autônoma. É lógico, pois, que fiquem doentes. Porém, mesmo essas pessoas, se lerem “A Verdade da Vida” e passarem a reconhecer a liberdade inata da própria Vida, recuperam-se da doença espontaneamente.

Não podemos servir a dois soberanos. Ou acreditamos na Vida, fazendo da matéria escravo, ou acreditamos na “matéria”, fazendo da “vida” escravo dela. Não há outra alternativa. Quem está sendo escravo do remédio ou do método de higiene vai atrofiando mais e mais a força de “vida”. Com o uso de remédio, mesmo que a doença melhore temporariamente pela crença no remédio, por fim sofremos um grande prejuízo. Em outras palavras, vamos enfraquecer mais e mais a força independente da vida espiritual e acabaremos nos afastando completamente do objetivo fundamental do nosso disciplinamento. E isto é uma perda irreparável.

Doença não existe

Afinal, acreditam os senhores que a coisa chamada “doença” existe realmente no mundo? Acreditam que Deus criou neste mundo uma coisa chamada “doença”? Se, em nível de Deus, não se verificou a criação da coisa denominada “doença”, dito em sentido fundamental, a doença não existe verdadeiramente. Apenas ela parece existir, nada mais que isso. Na verdade ela “não existe” e é “ilusão” o parecer existir. Pensa-se existir uma coisa que não existe, por isso é “ilusão”. Um estado mental chamado “ilusão” é que está projetado sob uma forma objetiva. A isto se chama doença ou dificuldades humanas. Exemplificando, a “Grande Vida” é uma Luz Misteriosa (Luz Vital) comparável à luz que está brilhando na fonte luminosa do aparelho projetor do cinema. Quando aquela luz atravessar a lente transparente e incolor da mente correta (mente do Jisso) então haverá reprodução fiel da Grande Vida, a qual é resplandecentemente luminosa. Esta é a imagem do homem em si, que é resplandecentemente brilhante, tal como foi criado por Deus. Porém, se se manifestam em nossa vida variadas sombras ou situações imperfeitas, é porque se usa o “filme chamado mente”, no qual foram desenhadas variadas imagens da ilusão. Está é a razão por que dizemos que “tudo podemos dirigir com a mente”.

Se, originariamente, nossa “vida” não fosse “vida luminosa”, não seria possível nem ao menos fazer manifestar a sombra. É a mesma impossibilidade de não se poder projetar a filme cinematográfico, se não houver a fonte de luz. Se é possível projetar no “cinema chamado existência humana” variadas doenças e variados sofrimentos é porque existe como fonte original uma “luz” que é superior às doenças e aos sofrimentos. De fato, esta “luz”, e somente ela, é a “vida autêntica” que recebemos da “Grande Vida”. Em outras palavras, isto é o “Homem Real” exatamente como foi criado por Deus, e quando se contempla fielmente o “Homem Real”, este é Perfeição e Harmonia, não existindo defeito nenhum. Naturalmente, não há qualquer doença ou infelicidade.

Contemplar, cada um, este “Homem Real” é o que se diz “contemplar o Jisso” ou “contemplar a face originária”. No Modo de Viver da Seicho No Ie (vol. VII desta coleção) está escrito: “Reverencie o Aspecto Real (Jisso) da Vida”, e isto significa o ato de venerar e reverenciar o “Homem Real” que se aloja em cada um. Este “Homem Real” manifesta-se claramente também na forma quanto mais ele for reconhecido na mente.

Em resumo, reconhecer o “Homem Real” consiste em ver diretamente o próprio “Homem Verdadeiro” (Vida Luminosa); e, nestas condições, não mais irá aparecer na tela chamada a escura projeção que contenha sombras e passará a aparecer exclusivamente a transformação objetiva da “Vida Luminosa”.

José Pedroso

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 22/01/2010
Código do texto: T2045116
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