O Avanço da turba ignara

O AVANÇO DA TURBA IGNARA

No Brasil, o avanço dos movimentos sociais tem se notabilizado a partir de meados da década de 80 do século passado, porém nenhum desses movimentos ganhou tanta notoriedade quanto o MST – Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra, principalmente, através da Via Campesina. Até aí, nada de novo, não fosse a forma violenta de atuação e pouco condizente com a democracia com que ambos atuam.

Em 02/01 p. passado, assistimos pelo canal Paraná/Educativa, uma reportagem dirigida pelo coordenador do MST, Sr. João Pedro Stedile. Por não menos de uma hora, vimos e ouvimos o citado cidadão, assessorado por uma senhora professora cubana, a difundir as ultrapassadas idéias comunistas e ainda, apostando nelas, a redenção da Pátria Brasil. Em nenhum momento, na reportagem, o coordenador e seus seguidores falaram da destruição de laranjais no Estado de São Paulo, do laboratório de pesquisa científica da Aracruz Celulose em Barra do Ribeira – RS e de outras atrocidades cometidas. Para os incautos, a maneira franciscana de falar do MST e Via Campesina, através do Sr. João Pedro Stedile convence e até conquista adeptos e aí reina o perigo – que o número de seguidores aumente e deve aumentar, pelo andar da carruagem.

Nós outros que defendemos e incentivamos mudanças, quedamo-nos a perguntar como o MST consegue dinheiro para conquistar e pagar um espaço midiático tão caro como o televisivo, por mais de uma hora? Após pesquisarmos na internet, encontramos os motivos que justificam nossa indignação. No site, www.correioforense.com.br, está publicado “MST faz festa com dinheiro público” onde repassa a informação de que o TCU aponta irregularidades na execução de R$ 15 milhões em convênios assinados entre ministérios e secretarias do governo federal e cooperativas ligadas ao MST. Se houve ou não irregularidades na aplicação dos recursos, não seremos nós que acusaremos, mas, com absoluta certeza, somos nós, todos os brasileiros que pagamos impostos, inclusive os mais miseráveis, os responsáveis pela sustentação e manutenção de movimentos como o MST. Assim sendo, cabe indignação, revolta e repúdio não só às ações do movimento, mas também àqueles responsáveis pela aprovação orçamentária, a liberação e o controle do dinheiro público. Cumpre-nos alimentar a esperança de que dias melhores virão para os brasileiros. Mesmo que o futuro esteja distante devemos admitir, que o futuro pode começar e poderá ser nas próximas eleições.

Prof. Rui Azevedo

Publicado no Diário do Povo - Teresina-Pi em 18.01.2010