Um instante sobre religiões...

A verdadeira função da religião é ter os objetivos de salvar as pessoas no sentido de religar ao poder máximo – o Criador, Deus.

Há ainda uma enorme quantidade de paradigmas de aprisionamentos de vultoso número de pessoas que necessitam dessas forças auxiliares para trilhar os caminhos do progredir infinito. Há um número substancial de pessoas presas a depressões, uso de drogas lícitas e ilícitas, apegos diversos, tais como falta de perdão, excesso de ego, auto comiseração, dentre outras coisas.

A grande sorte está sendo o auspicioso acontecimento da disseminação do grande número de igrejas, principalmente as cristãs que em quase todos os bairros existem no sentido de arrebanhar as pessoas as quais são orientadas dentro dos ditames bíblicos. Por sorte vimos que também a Igreja Católica se modernizou acompanhando a realidade e a evolução dessa nova era. Já pregam também indo direto dentro do que seus adeptos estão mais precisando, principalmente os párocos mais novos onde quase todos têm uma visão moderna e atualizada das necessidades prementes dos seus fiéis.

Na nossa visão, como preletor da Seicho No Ie do Brasil, os problemas se dimensionam amais aos seres humanos devido à não conscientização da espiritualidade, ao traçarmos as duas linhas da vida, a horizontal e a vertical.

A linha horizontal representa o nosso eu carnal ou material. A linha vertical representa o nosso eu verdadeiro ou o eu espiritual.

A importância de estarmos valorizando essas linhas, especialmente o nosso eu verdadeiro ou espiritual é a extensão de Deus já que somos filhos Dele.

Ao frasear a Maçonaria, deparamos com sua máxima “Fraternidade, Liberdade e Igualdade”. Não precisa falar, pois a própria história revela sua enorme luta contra o aprisionamento do ser humano ao longo dos séculos. O mais evidente em proporções é a derrubada do muro de Berlim com participação auspiciosa de irmãos americanos. Fiz estas comparações quando estamos falando de filosofias e religiões no sentido de emancipação de um povo, onde o palácio denominado Céu ou o Paraíso se torne comum a todos.

A seguir, passo ao querido leitor um artigo intitulado “A missão originária da religião”, do livro A verdade da vida, no seu volume 5 à página 124, do mestre Masaharu Taniguchi:

Acredito que a missão originária da religião deva ser a reconciliar os homens entre si. Mas, se as religiões, em vez de desempenharem a função reconciliadora, acabam fazendo com que os homens briguem entre si, é porque estão teimando num ensinamento e não conseguem ver a virtude de outros ensinamentos. Porque acham que só suas próprias pregações são boas, insistem nelas, não conseguem ver a virtude das demais e vêem-se forçadas a brigar entre si. Dizem que a religião salva, mas o que significa “salvar”? Não é ser levado para um lugar onde há provisão material completa, chamado “Céu”, nem ser transportado para um ambiente repleto de belos ornamentos, chamado “Paraíso”. É recuperar a “liberdade infinita” inata ao homem. A “liberdade” é uma palavra moderna, mas em linguagem búdica, que vem desde a Antiguidade, seria “guedatsu” (emancipação). O oposto de “guedatsu” é chamado “impedimento”, “obstinação” ou “apego”, e refere-se ao ato de fanatizar-se, prender-se a alguma coisa e tornar-se aprisionado por ela. Quando se fanatiza e se prende a algo, a pessoa já deixa de ser livre, entra em conflito com tudo que a cerca e nada se resolve com facilidade. Alcançado o “guedatsu” (emancipação), isto é, desfazendo a obstinação, a “Vida” dessa pessoa se torna verdadeiramente livre; e essa verdadeira libertação da “Vida” contida no próprio homem chama-se salvação. Ainda que uma pessoa seja colocada dentro de um palácio luxuoso denominado Céu ou Paraíso, se na Vida dessa pessoa houver algum aprisionamento, por mais que o ambiente seja ótimo, ela sofre afobando-se e irritando-se; em última análise, não está salva. Em como o fundador de cada religião elaborou sua respectiva doutrina com o intuito de dar liberdade a essa “Vida” do homem, qualquer que seja a religião à qual a pessoa se filie, se essa pessoa se aprofundar em sua essência, conquistará a “liberdade da Vida” – isto é, será realmente salva. Porém, acontece que, surgindo uma, duas, várias pessoas que vão se salvando por meio dessa religião, na maioria dos casos tende a nascer um preconceito de que, se não for através dessa religião, não poderá ser salvo; que, por intermédio de outra religião, não se salvará. Por exemplo, enquanto os cristãos apregoam veementemente que “se não for pelo Cristianismo não haverá salvação”, frequentemente seus vizinhos monges budistas, trajando túnicas (kessa), replicam: “Se não for pelo Budismo, o homem não será salvo”. Nessas ocasiões, se perguntarmos ao pregador do Cristianismo que está falando mal do Budismo “Até que ponto você estudou sobre o Budismo?”, ele ficará embaraçado e não conseguirá responder.

José Pedroso

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 20/01/2010
Código do texto: T2041057
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