Um pedacinho do paraíso em Campinas... Mata Santa Genebra
Um pedacinho do paraíso em Campinas... Mata Santa Genebra / Por Augusta Schimidt
A Mata de Santa Genebra é o maior remanescente de Mata Atlântica do município de Campinas, e a segunda maior floresta urbana do Brasil, ficando atrás apenas da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. Possui uma área de 251,77 ha. altitude média de 670m e temperatura média anual de 20,6ºC. É definida como uma floresta semidecídua (plantas que perdem parcialmente suas folhas na estação seca) e foi declarada ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) pelo Governo Federal em 1985.
A vegetação da Mata de Santa Genebra é formada por 15% de mata de brejo ou floresta hidrófila, e 85% de floresta semidecídua. No passado extraiu-se madeira nobre do interior da floresta, ocasionando a abertura de clareiras em diferentes épocas. Com idades bastante diferenciadas, algumas destas clareiras já se encontram cicatrizadas, apresentando vegetação arbórea secundária. Entretanto, outras mais recentes e maiores apresentam enorme cobertura de lianas (trepadeiras), que procuram a luminosidade e se espalham pelas copas das árvores, às vezes tão densamente que chegam a levar a árvore à morte. Nas áreas mais preservadas e nas copas de grandes árvores ainda é possível encontrar algumas espécies de epífitas, como as orquídeas e as clima da Mata de Santa Genebra, bem como no restante do interior do estado de São Paulo, é um clima sazonal, que apresenta duas estações bem definidas: uma quente e úmida (verão, de outubro a março) e outra seca e fria (inverno, de abril a setembro). Esta alta variabilidade no clima influencia o comportamento reprodutivo e de crescimento das plantas e conseqüentemente dos animais que delas se alimentam. A floresta tem a sua fisionomia alterada na estação da seca, apresentando um aspecto ressequido. Já na estação mais úmida, apresenta um aspecto mais verde e florido, sendo esta a época de maior oferta de recursos alimentares aos animais bromélias. Além das epífitas, algumas espécies parasitas de partes aéreas também podem ser vistas.
Dentro da Mata de Santa Genebra há poucos locais com afloramento de água, mas há pelo menos duas nascentes. Uma delas deságua no córrego da Lagoa, que é um dos formadores do Ribeirão Quilombo. A água da outra nascente dirige-se para o Rio das Pedras, formador da Bacia do Anhumas. A Trilha Central corta a mata do sentido leste-oeste, e tem 1,2 km de extensão. A Trilha Baroni tem 2,8 km de extensão, e corta a mata no sentido norte-sul da Lagoa.
A Fundação José Pedro de Oliveira, criada pela Prefeitura Municipal de Campinas, é a entidade responsável pela preservação da Mata de Santa Genebra.
A UNICAMP, a USP, a UNESP, a PUCCAMP, o IAC, a Embrapa Monitoramento por Satélite e a organização não governamental ECOFORÇA - Pesquisa e Desenvolvimento estão realizando pesquisas e monitorando o local por satélites. São muitos os técnicos e pesquisadores que trabalharam e trabalham na Mata.
A Mata conta com 298 Espécies de Vertebrados
• 048 espécies de Mamíferos
• 197 espécies de Aves
• 034 espécies de Répteis
• 015 espécies de Anfíbios
• 004 espécies de Peixes
492 Espécies de Invertebrados
• 492 espécies de Insetos