Parece incrível.

Aliás, ultimamente os proprietários da mídia no Brasil, não fazem outra coisa a não ser em dizer que "querem acabar com a liberdade de expressão...", acho que não, eles (os empresários) é que querem acabar com a democracia daqueles que desejam atuar no ramo através dos estudos, da intelectualidade, da academia do ensino superior, dando a nossa sociedade solidez, confiança, credibilidade, qualidade, seriedade etc.

Os nossos empresários da mídia usam um discurso chulo, sem consistência, pobre de conteúdo, que na verdade envergonham não só o setor da comunicação, mas o empresariado como um todo. Eles vivem se garantidos vergonhosamente através dos Poderes Legislativo e Judiciário (ler-se) STF, para galgarem vitórias ambíguas, sem objetividade daquilo que é bom para o povo, pois o papel da comunicação social é servir a sociedade, como informá-la bem, com qualidade, sem ser faccioso, sem obter vantagem própria. Mas o que temos visto de junho de 2009 para cá é justamente ao contrário.

A mídia tem se tornado um Congresso Nacional, que legisla em causa própria, (ela) a mídia, só informa aquilo que lhe convier, isso não é ser democrático, está botando as suas conveniências acima dos interesses da sociedade brasileira. As suas cobiças triunfam sobre uma colina de poder e isso é algo muito perigoso para um país pobre, iletrado, com desigualdades sociais marcantes.

Com este comportamento, é mais que necessário e justo sim, que o diploma universitário para a militância do jornalismo nas empresas de comunicação seja exigido como quesito mínimo para o exercício da profissão. Em nome da democracia é mais que necessário no Brasil um Conselho Fiscalizador do exercício jornalístico, para garantir a qualidade da informação no país, ratificando a liberdade de pensamento e expressão. Faz-se necessário no Brasil uma Lei de Imprensa que assegurem todos aqueles de uma forma ou de outra, estejam envolvidos em informações inverídicas e de cunho duvidoso.

Mas os nossos barões da mídia, estranhamente teimam em não querer. Pontos que os conferencistas debateram na 1ª Conferência Nacional de Comunicação - Confecom, realizada no final de 2009 em Brasília, com a presença do Presidente da República e de vários setores da sociedade. A falta (como sempre) ficou por conta da Associação Nacional de Jornais - ANJ e outras entidades de classes que representam os patrões da mídia.

Os argumentos são sempre os mesmos, discursos fracos, inconsistentes, sem o menor propósito técnico, sem objetividade, sem nada. No momento em que toda a sociedade brasileira fez-se presente no encontro e os empresários do setor os maiores interessados na questão não comparecem e nem mandam representantes para dialogar, colocarem suas impressões, expor suas idéias, isso fica claro como água potável que a máxima do provérbio cai como uma luva nas mãos dos donos da mídia brasileira: quem cala consente, quem não é visto não é lembrado.

Les oiseaux
Enviado por Les oiseaux em 19/01/2010
Código do texto: T2038836
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