A VIDA E O MISTÉRIO QUE A ENVOLVE
A vida em si é um mistério, mas um mistério do qual participamos diretamente e vemos seus efeitos, seus encantos e nos admiramos dessa realidade que somos. O Criador dispôs nela sua presença velada e nós reconhecemos essa sua presença pela nossa contingência e pelo além dela que aspiramos. Ou seja, não nos contentamos somente com o viver natural, porque ninguém é cem por cento satisfeito com o que é, o que tem ou deseja ter naturalmente, porque a morte frustra tudo isso; mas desejamos o que não passa, isto é, desejamos a perfeição em todos os sentidos da vida.
Somos dotados de dons especiais como também todas as outras criaturas o são, porém, segundo a natureza de cada ser. Desse modo, tudo continua um mistério a ser revelado ou que se revela à medida que avançamos em nosso conhecimento acumulado; seja na ordem natural; seja na ordem da graça, conforme determinou o Senhor em seu desígnio benevolente. Porém, tudo caminha em sua direção; assim como todos tivemos Nele nossa origem, Nele também teremos o desfecho de nossa história e não há como escapar ou se esquivar desse nosso destino final.
Outra coisa que temos de entender também é que não há um rigorismo predeterminado à nosso respeito, mas há sim, de nossa parte, a livre escolha. Por exemplo: alguém morre bêbado não porque o “destino” dele era esse, mas porque escolheu o vício da bebida e deixou-se dominar por ele, não obstante os ensinamentos do Senhor para fugirmos dos vícios e de todos os outros males.
Vejamos o que escreveu São Tiago a esse respeito: “Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”. Logo, “Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam”. (Tia 1,13-15.12).
Portanto, a vida como dom de Deus, somente a Ele pertence e somente Nele permanece para sempre, porque Deus é Eterno; quem a vive sem esse sentido, torna-se um perigo para si mesmo e para os demais que comungam com tal desvario, visto que, se desligam da Fonte Original do Amor que dispõe a nosso favor da felicidade e da paz definitivas, que experimentamos desde aqui, por lhe devotarmos todo amor e tudo o que temos e somos.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
A vida em si é um mistério, mas um mistério do qual participamos diretamente e vemos seus efeitos, seus encantos e nos admiramos dessa realidade que somos. O Criador dispôs nela sua presença velada e nós reconhecemos essa sua presença pela nossa contingência e pelo além dela que aspiramos. Ou seja, não nos contentamos somente com o viver natural, porque ninguém é cem por cento satisfeito com o que é, o que tem ou deseja ter naturalmente, porque a morte frustra tudo isso; mas desejamos o que não passa, isto é, desejamos a perfeição em todos os sentidos da vida.
Somos dotados de dons especiais como também todas as outras criaturas o são, porém, segundo a natureza de cada ser. Desse modo, tudo continua um mistério a ser revelado ou que se revela à medida que avançamos em nosso conhecimento acumulado; seja na ordem natural; seja na ordem da graça, conforme determinou o Senhor em seu desígnio benevolente. Porém, tudo caminha em sua direção; assim como todos tivemos Nele nossa origem, Nele também teremos o desfecho de nossa história e não há como escapar ou se esquivar desse nosso destino final.
Outra coisa que temos de entender também é que não há um rigorismo predeterminado à nosso respeito, mas há sim, de nossa parte, a livre escolha. Por exemplo: alguém morre bêbado não porque o “destino” dele era esse, mas porque escolheu o vício da bebida e deixou-se dominar por ele, não obstante os ensinamentos do Senhor para fugirmos dos vícios e de todos os outros males.
Vejamos o que escreveu São Tiago a esse respeito: “Ninguém, quando for tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”. Logo, “Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam”. (Tia 1,13-15.12).
Portanto, a vida como dom de Deus, somente a Ele pertence e somente Nele permanece para sempre, porque Deus é Eterno; quem a vive sem esse sentido, torna-se um perigo para si mesmo e para os demais que comungam com tal desvario, visto que, se desligam da Fonte Original do Amor que dispõe a nosso favor da felicidade e da paz definitivas, que experimentamos desde aqui, por lhe devotarmos todo amor e tudo o que temos e somos.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.