QUESTÃO DE OVO

Muito se tem escrito sobre as tragédias que pipocam no país e no mundo, a mídia noticia crises em todos os níveis, principalmente no social, na moral e na ética.

Nunca se discutiu tanto os caminhos e as tendências da humanidade, os relacionamentos interpessoais. Mais do que nunca se fala de amor, amizade, liberdade, dos papéis de cada um na sociedade. Discute-se sobre os novos atores da história, os governantes, os políticos, os pais, as mães, os filhos, as escolas, os maridos, as esposas, as instituições, o ecosistema.

Enquanto isso, avançam na conquista de reconhecimento, na extinção de preconceitos e barreiras, as minorias historicamente desorganizadas, mas atualmente progredindo na consciência da necessidade de uma articulação eficaz e produtiva.

Pesquisa-se a origem e o cerne de todas as questões pertinentes não só ao destino, mas também à evolução dos habitantes do planeta. E o homem, não contente com o que vê aqui, lança-se ao desbravamento de outros mundos, e então entramos no âmbito do filosófico e prático, sobre a relativização da importância desta parte da galáxia até agora conhecida e reinante no Universo.

A fome, a educação, a moradia, a saúde, outros direitos e satisfações básicas do homem ainda não foram resolvidos.

A vida, o bem de maior valor das gentes, está ameaçada e mesmo sendo ceifada pela guerra, pela violência, pelo poder, pela ausência de valores e mecanismos para a sua preservação, num processo de involução.

Muitos são felizes, contudo, o desequilíbrio entre os que se situam nesta condição e os que vêem frustrados seus desejos e sonhos, produz uma zona de conflitos que desafia os sistemas vigentes.

As religiões se multiplicam como forma de satisfazer o homem na busca da sua essência e satisfação de anseios íntimos e pragmáticos.

Se tivermos uma visão em caleidoscópio, considerando onde o ser humano coloca seu coração, seu sentimento e sua alma, veremos que a semente é única e que tudo tem origem no mesmo OVO.

26/07/2006