Devolva-me.

Ainda posso ver as suas pegadas deixadas na areia, não daquela areia da praia onde nós nunca mais voltamos, mas daquela que sobrou quando juntos construímos nosso canto de amor. E o engraçado disto tudo é que ele nunca cantou.

Talvez porque faltaram versos, ou mesmo porque jamais achamos rimas que combinasse com o nosso modo de duetar, tudo porque cada um queria ser a primeira vos, sendo que o amor para dar certo precisa de um forte elo a conquistar.

Mas até que no começo ia bem, havia certo ritmo, certa cadencia, isto talvez fosse pelo motivo de estarmos apenas nos conhecendo, por isso nenhum dos dois se importava em ceder, mas fundo, cada qual pro seu lado queria ser o tom maior.

E agora olhando com mais atenção às marcas que você deixou, me deu uma vontade louca de te encontrar novamente, quero imensamente saber por onde andas, vou te procurar por todos os cantos possíveis, pois não posso acordar assim a cada manhã, andando assim deste jeito... Sem as minhas havaianas.