Diante de nós a biodiversidade da Mata Atlântica,um dos mais importantes ecossistemas da terra.Mas,infelizmente,um dos mais ameaçados.Só 5% dessa mata está preservado.
A Michelin,que cuida dessa reserva,quer preservar o que restou,dentro dos três mil hectares sob sua responsabilidade de conservação.
A reserva é limpa,bem cuidada,com funcionários educados e prestativos,entre eles,salva-vidas com equipamentos para salvamento,nas águas fortes e revoltas em certos trechos da cachoeira.Mesas e banquinhos feitos com madeira da região recebem as pessoas que querem fazer picnic.
Na Trilha do Guigó,existe um abrigo para pesquisas noturnas;na Trilha das Andorinhas,quatro km de árvores e cipós de todos os tipos que margeiam o Rio Serinhaém pouco antes de suas águas despencarem na Cachoeira da Pancada Grande,principal objetivo da minha viagem.
Esta majestosa cachoeira de 61 m de altura,a maior do litoral da Bahia,é de uma beleza selvagem e indescritível.
Existem mirantes em três pontos distintos;um deles,o mais alto,a gente sobe uma escadaria de 365 degraus e desfruta a mais bela paisagem do que restou da Mata Atlântica.Mas,se você não quer ter trabalho(ou sofre de reumatismo),não se entregue ao pessimismo,pois pode subir de carro;um pouco adiante da entrada,tem uma ladeira que lhe leva lá.No conforto!
Se Paris valia uma missa,para Hemingway,esta vista vale o sacrifício da subida;ao chegar ao topo tive vontade de bater no peito e soltar o grito de Tarzan.
Passear nas trilhas ouvindo o canto dos pássaros,observando as andorinhas e acompanhados pelos olhinhos de milhares de micos e macacos pregos que nos miram assustados ,não tem preço.Após a trilha das andorinhas vem a Ilha dos Macacos.Olhe,abra a boca e agradeça ao Grande Arquiteto por você estar aqui contemplando a Mãe Natureza em todo seu esplendor.
Voltei a Salvador descansada e rejuvenescida.
Quem puder,passe lá!