APOLOGIA À LIBERDADE. Sobre a legalização do comércio e uso irrestrito de drogas ilícitas.
Vou refletir sobre a legalização do COMÉRCIO das drogas e sobre seu uso irrestrito pelo cidadão.
E refletir sobre a política brasileira sobre as drogas é como pensar na hipocrisia e no atraso. Hipocrisia, pois tão potencialmente e, realmente, destrutivas quanto às drogas ilícitas são as drogas lícitas álcool e cigarros.
Atraso, porque somente um povo extremamente ignorante para necessitar que seu governo tome decisões que deveriam ser pessoais, que é o caso de consumir ou não drogas. Sejam elas lícitas ou ilícitas.
Contudo, sabemos que o fato de ser lícito ou ilícito vale pouco na hora da decisão sobre o consumo, ou seja, a proibição legal nesse sentido é inócua.
O que é lícito?
Tudo aquilo que a lei permite.
O que é ilícito?
O contrário da afirmação anterior.
Quem diz o que é lícito ou ilícito?
O Estado, na figura do Congresso Nacional.
Em última instância, não há uma verdade sobre as drogas, não há um critério lógico ou científico para se proibir as drogas, apenas suposições. Tolas suposições.
E qual o critério de algo HOJE ser lícito e já AMANHÂ se tornar ilícito.
O critério é simplesmente político. Decisões políticas arbitrárias de algumas cabeças, sabe-se lá que cabeças!
Estas “cabeças” decidem por bem que a maconha, a cocaína, o ópio, o LSD, a heroína e etc são ilícitos. E estas mesmas “cabeças” consideram cigarros e bebidas alcoólicas lícitas. Que contradição fundamental!
Ora, será que o ESTRAGO feito pelo cigarro e pelo álcool não são tão grandes ou tão maiores que os estragos feitos pelos entorpecentes?
São milhões de mortes pelo mundo. Milhões de famílias destruídas por estas duas drogas LÍCITAS.
O Estado consegue inibir o consumo dessas substâncias?
NÃO.
Neste caso, o cidadão ou cidadã optará por consumir ou não o seu cigarro ou a sua bebida alcoólica, mas, a despeito disso, os mesmos cidadãos não podem decidir se usarão ou não as drogas ilícitas.
O caso aqui, nobre leitor, é que não há sentido para se proibir algumas substâncias nocivas à saúde e permitir que outras tão nocivas quanto sejam por lei permitidas.
Sinceramente, não vejo razão para tal proibição. Somente hipocrisia e idiotice. No sentido etimológico da palavra.
IDIOTA, é a qualidade pessoal daquele que vê somente a si mesmo, nada fora da sua PEQUENA órbita. Vale também o sentido que a palavra tem nos nossos dias.
Não há razão para proibição, pois, o consumo de entorpecentes, mesmo sendo proibido, somente cresceu nas últimas décadas. A despeito do contínuo combate da polícia e de nossas tão brilhantes “autoridades”.
Junto a isso, a questão do tráfico de drogas só existe pelo fato do “produto” ser proibido. Então o país se torna esse oceano de tragédias das vítimas do tráfico.
Essa tragédia que alimenta as empresas de mídia, ávidas por sangue, pela morbidez, por aumentar uma história um pouquinho aqui, um pouquinho ali... Mentirinhas inofensivas.
Não é à toa que para ser jornalista não é mais preciso diploma. Percebeu bem o STF que qualquer um pode um pode ser jornalista.
É necessária somente uma qualidade para se fazer jornalismo; ser um grande MENTIROSO. Um jornalista, e isso é quase um critério de verdade, está sempre mentindo, basta que ele mexa os lábios para proferir suas inúmeras mentiras.
Responsabilidade e jornalismo são coisas auto-excludentes.
E as vítimas do tráfico?
O próprio traficante é uma vítima. Vítima de uma política de drogas totalmente equivocada.
Liberar as drogas acabaria com o tráfico.
Ao invés de traficantes, ao legalizar as drogas, teríamos no máximo sonegadores de impostos. Al Capones tupiniquins.
O governo poderia taxar a venda formal de drogas, formalizar empregos nesta área, enfim, tornar o mercado negro das drogas num negócio como qualquer outro.
Afinal, e o leitor sabe muito bem disso, quem quer se drogar irá fazê-lo quer o governo proíba quer não.
Se cigarros e álcool podem ser consumidos abertamente, por que não vale o mesmo para os ilícitos? Não são os dois primeiros, mais uma vez, enfatizo, tão prejudiciais quanto os últimos?
Não imagino quem possa se beneficiar desta política antidrogas que há no Brasil, nem mesmo o traficante é beneficiado.
Pois, como um fora-da-lei, vive esquivando-se da polícia, vive com medo de ser morto por outro “empresário” do mesmo ramo, de ser assassinado pela nossa própria, muito bem preparada, polícia.
A carreira dessa gente geralmente é bem curta, a expectativa de vida é mínima, o poder que ele detém e o dinheiro que consegue não compensam os riscos que corre, enfim, ninguém se beneficia com a proibição do uso das drogas.
E mais, o Estado não deveria interferir numa questão tão particular.
Mas o leitor dirá que o consumo não é crime.
Realmente não é.
Entretanto, o usuário tem que se deslocar até a “boca” que é um ambiente assim, digamos, um pouco insalubre.
Somente um país muito atrasado, um Estado feito por brucutus burocráticos para pensar que a proibição das drogas é a melhor política possível.
Que alguém deixará de usar drogas por estas serem ilícitas. Isso chega a ser ingênuo.
Não pense o(a) querido(a) leitor(a) que faço apologia às drogas. Na verdade eu as abomino. Acredito serem uns fracos os drogados, uns tolos que não respeitam a própria vida.
Eu usar drogas?
E por acaso eu profanaria o “Templo do Espírito Santo”?
Faço apologia à liberdade, à inteligência, ao senso prático.
Essa é minha apologia.
Se o cidadão quer se drogar, se é um degenerado, um fraco, um pobre-diabo, um imbecil, um decadente que não consegue conter suas compulsões, então que use drogas.
Entupa-se de drogas e morra bem cedo para nos fazer um GRANDE favor.
Mas que essa decisão de se drogar, de morrer pelo vício, seja pessoal e livre, como é para outros tipos de drogas.