Da Natureza Humana
A coragem de dar o primeiro passo é o divisor de águas entre os que têm iniciativa e os que descansam à sombra das lamentações. Para os desbravadores o desconhecido é um convite; para os inseguros, uma ameaça. Igualmente, o Ano-Novo se apresenta diante dos homens, que trocam mensagens de otimismo e realizações, porém, se não for tomada uma atitude prática, esses ensejos se dissipam rapidamente. De nada vale a ideia se não há o que fazer, tampouco o desejo sem a ação, e o caminho sem o andarilho...
Previsões, astros, simpatias se tornam infrutíferos se o indivíduo não pôr o pé na estrada. A caminhada é árdua e o cenário se modifica na medida em que se avança; existem momentos amenos, mas há também situações complexas, dias ensolarados e noites tenebrosas...
Uma constante na jornada daquele que não aceita o comodismo de padrões convencionais forjados pela mente coletiva, e parte rumo ao “novo” na busca de algo mais, confiante na criatividade, na
inovação e na dinâmica da vida, que reserva a vitória aos atrevidos, aos ousados, e a todos os que deixam de olhar apenas para seu umbigo e passam a enxergar além da própria sombra, interagindo com o mundo de outra maneira, não encarando os demais como antagonistas, e sim como parte de um todo, cujo sentido de estar no planeta é evoluir, superando as limitações.
Para se habilitar a tais mudanças é necessária uma revolução na estrutura mental do ser, desaprender para depois poder aprender. Excluindo arquivos mortos para daí assimilar novos conceitos. Um novo ano desponta se sobrepondo ao que finda, e nessa órbita deve gravitar nossos anseios e nosso jeito de ser; nem superior, nem inferior, porém diferente, cuja natureza é livre para manifestar seus talentos.