Cidade do Silêncio, comentário aos comentários
Caros visitantes do Recanto das Letras,
Como todos vocês, sinto-me profundamente indignada com fatos semelhantes aos denunciados no filme Cidade do Silêncio (Bordertown), de Gregory Nava.
Vi este filme em 2007 e fiquei “sem chão” quando li a informação de que era baseado em fatos reais. Como pode? Fatos como esses “realmente” ocorrerem neste século!
O artigo “Cidade do silêncio”, que escrevi sob tal emoção, é um de meus textos mais comentados, devido ao tema. O que podemos fazer? _ é o que a maioria indaga. Sinto-me tão impotente perante o PODER do capitalismo, que só posso devolver-lhes a pergunta: “o que podemos fazer?”.
A meu ver, fatos como esses estão interligados com o tráfico: de armas, de drogas, de dinheiro sujo(que também não deixa de ser tráfico). Este pensamento me trás outra(s) pergunta(s): “o que podemos fazer para livrar nossa juventude do demônio das drogas, em especial do crack”? Se nada tem sido feito pelo poder público para recuperar os usuários... Se nada tem sido feito para acabar com o grande traficante _ que provavelmente não é usuário, pois, se o fosse, já seria apenas “um aviãozinho”. Se nada tem sido feito para acabar com “corruptores e corruptos”, que nunca se preocupam com a fonte de vultosas quantias que entram em suas contas bancárias.
O que pode ser feito? Nós, que escrevemos, dispomos somente da palavra. Será que nossa palavra lançada em espaços virtuais poderão ajudar? Será que nossas palavras gritadas no espaço virtual poderão ajudar a livrar seres humanos submetidos à escravidão da modernidade? Que tal fazermos uma corrente? Alguém dar alguma ideia?
Sobre o tema “Cidade do silêncio”: quem quiser saber como anda a situação em Juarez, entre no site da “Anistia Internacional”. Veja alguns parágrafos de um artigo de 2009:
“Violência ao longo da fronteira entre os Estados Unidos e o México alcançou níveis alarmantes. Os assassinatos em cidades fronteiriças como Ciudad Juárez já totalizam 400 nos dois primeiros meses de 2009. Não são só aqueles envolvidos no tráfico de drogas que viram vítimas dos sequestros e assassinatos, as mulheres jovens se tornaram vítimas desta crise.
Segundo a Anistia Internacional, mais de 370 mulheres foram assassinadas nas cidades de Juárez e Chihuahua “sem as autoridades terem tomado medidas adequadas para investigar e resolver o problema.” Esta crise, muitas vezes chamada femicídio, tem sido um motivo para as organizações e os blogs irem a Internet para ajudar a sensibilizar para a situação das vítimas e suas famílias.” Continua em: http://pt.globalvoicesonline.org/2009/04/06/mexico-femicidios-nao-solucionados-ao-longo-da-fronteira/