Prolixidade, meditação e síntese.
Identificar o que nos incomoda em nós mesmo é o primeiro passo para encontrar soluções. Ou começar a praticar a auto aceitação.
Há quem um dia descubra que justamente aquele seu traço "estranho" é a ponta do iceberg do seu dom.
Que escritor não se sentiu "meio estranho" antes de perceber-se enamorado do intelecto?
Será que escrevemos melhor quando estamos "meio estranhos", em crise existencial, financeira, amorosa, etc?
Sabemos que muitos artistas fizeram e fazem uso de substâncias para ficarem "alterados" e assim, hipoteticamente, produzirem mais e, ou melhor.
Será que funciona?
Quanta inspiração nasce quando nos enternecemos ao contemplar a Natureza?
Grandes escritores recolhem-se e produzem obras interessantíssimas, quiçá imortais. Justamente por manterem-se em condições ideais de mergulhar em si mesmo. Exemplos: Deepak Chopra, Chico Xavier e outros que conseguem desfrutar de elevado nível de percepção de si mesmo e assim são capazes de observar a Vida por ótica própria (inédita), sem dor, malícia ou mesmice.
Escrever nesse estado de equilíbrio, não é ao meu ver de maneira alguma doloroso.
Nem sempre estamos em estado de prontidão ligados para fora. Há momentos deliciosos e de intensa produtividade que pescamos conteúdos internalizados. E, se somos imortais, muita coisa brota do húmus que trouxemos como herança da raça.
Não tinha a intenção de explicar de onde vem a inspiração, mas acho que acabei explicando.
Ouso reafirmo que escrever assim não é transpiração e sim paciência de pescador. E tem jeito muito bom de esperar que a isca seja mordida: Meditando é uma delas.
Para mim, trabalhoso foi aprender a decodificar e ordenar o que muitas vezes vem aos jatos. Sou prolixa e confesso que pago o meu preço. Por isso, pratico a arte da síntese. Que neste texto eu me esqueci.