A paixão

Por paixão muitas conquistas se efetivaram, o homem progrediu, aprendeu, caminhou...

Por paixão Neil Armostrong conquistou a lua, Graham Bell inventou o telefone, Santos Dumont o avião, Antoine Van Leeuwenhoek descobriu os micróbios...

A paixão por um ideal, por um objetivo, por uma pessoa, movimenta-nos e nos impele a evolução.

Quem não está apaixonado pela vida leva uma existência cinzenta, apática, amarga...

Estar apaixonado é necessário quando se quer progredir!

A paixão, quando dominada, ilumina toda a vida!

Contudo, há a outra face da moeda, e exagerando-se na dose da paixão, ela passa de dominada a dominadora.

E quando isso ocorre, abre-se campo ao desequilíbrio.

Crimes passionais são cometidos por cônjuges que deixaram se dominar por uma paixão doentia, exasperada.

O fanatismo, é um dos filhos da paixão em excesso, algumas pessoas que o digam, apaixonadas exageradamente por suas idéias, ficam bitoladas e fecham-se a novas linhas de raciocínio, por vezes, constrangem, humilham e desprezam, apenas para fazerem valer seus pontos de vista eivados de preconceitos.

Os workaholics (pessoas que são viciadas em trabalho), vem lotando consultórios médicos por exagerarem na paixão pela sua atividade profissional, não raro, relegam família, amigos e sua própria saúde a segundo plano por não conseguirem dominar essa paixão doentia pela profissão.

E para complicar mais ainda, a paixão dominadora não atinge apenas quem a possui, ela respinga em todos que estão por perto, trazendo dor, sofrimento e tristeza a um sem número de pessoas.

Eis nossa grande tarefa, equilibrar nossos sentimentos para que não venham eles a nos dominar e nos tornar um joguete das paixões.

Mas como equilibrar-se?

Dando o justo valor a cada coisa.

Se sou apaixonado pelo trabalho, vou trabalhar, fazer o melhor que posso, no entanto, quando dele me afastar, me desligar e aproveitar para desenvolver outras habilidades.

Se me realizo escrevendo, irei escrever com paixão, porém, tomando o cuidado para não me bitolar apenas nessa atividade.

Se sou apaixonado por minha esposa, irei aproveitar todos os momentos a seu lado, porém, tomando o cuidado para não querer dela me apossar e escravizá-la as minhas neuroses.

Sem quebra de etapas, sem exageros, iremos gradativamente nos equilibrando, dando o tempero exato a nossa existência, dominando a paixão e fazendo dela nossa aliada pela conquista dos objetivos.

Há tempo para tudo, para trabalhar, para amar, para sorrir, para aprender, para conversar com os amigos, para brincar com os filhos, para escrever...

Uma vida harmônica, é uma vida que une paixão e equilíbrio no mesmo time.

Pensemos nisso!

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 24/07/2006
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