Praia, sol e mulher bonita!

310 – TURISMO – O verão já chegou deste lado do planeta, mas o sol deixou a desejar. Enquanto o Rio de Janeiro comemora a super lotação para a virada de logo mais a noite, com a esperança de contabilizar mais de 2 milhões de pessoas em Copacabana, cidades tradicionais que sustentam o Estado com o turismo internacional, penam com longos períodos de chuva desde outubro.

De Minas Gerais e Espírito Santo para baixo no mapa do Brasil, tudo está lotado, mas de água pluvial; litoral de São Paulo, Rio de Janeiro, as praias dos mineiros em Vitória e Guarapari e os tradicionais destinos do Paraná e Santa Catarina já sofrem uma crise grave por falta de visitantes; restam então o Nordeste e o Caribe; isso mesmo, CARIBE; e para quem pensa que este sonho não é possível para muitos, está redondamente enganado!

Até poucos anos, quando se falava de destino no Caribe, se alguém dissesse que iria para Isla Margarita, com certeza era turista sem dinheiro; já para os que se gabavam em afirmar que iam para Aruba, Bonaire ou Curaçao, com certeza seriam rotulados de ricos; as Antilhas Holandesas sempre foram sinônimo de luxo e glamour, com cerveja mexicana e americana por U$ 5,00 a garrafinha e noites em hotéis que não saíam por menos de U$ 2 mil. Para se chegar a um lugar como estes, praticamente precisávamos ir a Miami e voltar em vôos fretados; tudo isso fazia com que o turista gastasse muito, mas muito dinheiro mesmo!

A trilha glamorosa que começa em Granada, passando por São Vicente e Granadina, Barbados, Santa Lúcia, Martinica, Dominica, Guadalupe e Termina em Porto Rico, no tradicional Mar do Caribe, pode ainda parecer um sonho distante, mas logo-logo também estará acessível; é uma questão de tempo!

Agora tudo mudou! Os ricos se mudaram para os paraísos maias ao longo da vasta, linda e exuberante costa da América Central, sul do México, Cuba e Cancun, mas o caribe sul americano não morreu não; está mais vivo do que nunca e agora se encontra aberto para todo tipo de gente e ele está cada vez mais pertinho de nós, pobres brasileiros. Esqueça Hugo Chaves e a prostituição ascendente de Isla Margarita e vá programando suas férias nas Antilhas Holandesas; ainda dá tempo para conhecer Aruba, Bonaire, Curaçao e Santa Cruz e se sobrar tempo, visite Los Roques.

Para visitar estes recantos maravilhosos do Caribe o turista tem algumas alternativas; para os menos experientes, vale apena fazer contato com uma agência de viagens e contratar um pacote; eu utilizo a Real Carvalho Turismo em Belo Horizonte (31) 3245.7090 e a recomendo pelo profissionalismo e honestidade; um pacote é o programa ideal para quem não tem tanto traquejo com a lida de negociação em hotéis, traslados e companhias aéreas, além de caber bem no orçamento de muitas pessoas. Neste caso são as agências quem determinam um roteiro, passeios e datas; você contrata, paga e curte o pacote que mais lhe agradar; caso haja algum problema, na maioria das vezes a agência pode ser responsável e resolvê-los.

Para os mais aventureiros e com mais experiência de viagens internacionais, basta preparar o Passaporte válido por no mínimo seis meses e partir para Caracas na Venezuela ou Manaus, capital do Amazonas; nestas duas cidades há uma série de vôos que levam qualquer vivente para um dos muitos paraísos caribenhos e o preço ó! É lá embaixo!

De Belo Horizonte e tantas outras grandes cidades do Brasil, como São Paulo, a Copa Air Lines faz a maior parte dos vôos disponíveis para aquela região do Caribe; saindo de Belo Horizonte, com uma conexão na Cidade do Panamá, ida e volta para janeiro de 2010, com seis dias de duração (entre ida e volta), o custo é de R$ 1.700,00 com as taxas de embarque e você ainda pode pagar em seis vezes iguais sem juros; a aeronave é um Boeing 737-700, que eu considero uma boa opção de vôo de média duração. Entre a saída em Belo Horizonte e a chegada em Aruba, com a conexão, são 08 horas de viagem.

Quem não quiser ir até o Panamá deve pesquisar os muitos vôos saindo de Bogotá na Colômbia ou saindo de Caracas na Venezuela; os mais comuns saem de Bogotá e segundo pesquisas recentes as companhias cobram em média U$ 100,00 por trecho em aeronaves de médio porte, que voam baixo e dão as lentes e aos olhos um cenário que inclui desde a floresta amazônica até o mar do Caribe. De Bogotá são cerca de 2 horas de vôo, já da Cidade do Panamá são menos de 2 horas num avião de grande porte.

Uma estada em Aruba para o mês de janeiro ou fevereiro de 2010 com seis noites em hotéis de categoria superior, tipo resort, 4 estrelas, como o Holiday Inn Sun Spree, até agora está sendo confirmado por R$ 2.000,00 em apartamento single; para que não paire qualquer dúvida quanto a categoria deste hotel, basta você entrar no www.booking.com e verificar fotos, site do hotel e valores tarifários; também há outras inúmeras opções mais caras e mais baratas do que o Holiday Inn e com certeza, qualquer uma delas que seu bolso puder pagar, será uma divertida e agradável estada, afinal de contas, Aruba é um paraíso reconhecidamente no mundo inteiro como agradável, seguro e 100% lindo.

Seis noites em Curaçao, menos de 100 km marítimos de Aruba e menos de 200 km de Bonaire, em hotel do tipo resort 4 estrelas, sai por menos de R$ 1.500,00 o período, cerca de 800 dólares, já em Bonaire, que é uma espécie de recanto especial das Antilhas holandesas, o mesmo período de seis noites não fica por menos de R$ 2.000,00.

Seja em Aruba, Bonaire ou Curaçao, qualquer uma destas ilhas do Caribe lhe proporcionará conforto, belezas naturais aos montes, muita praia de areia branca, sol e um mar azul de doer os olhos; hotéis e restaurantes é o que não irão faltar na sua lista de preferência; eu já fiquei no Plaza Resort Bonaire e posso afirmar que foi uma das experiências mais agradáveis que eu já tive em um local de praia; nem Cancun, onde estive em 2000, foi mais agradável e linda do que as ilhas ao redor de Aruba.

Para quem não conhece a história daquelas ilhas, Aruba pertence ao Reino dos Países Baixos e foi descoberta de 1499 pelos espanhóis; está localizada a 31 km do território venezuelano e possui clima tropical temperado quase o ano inteiro; a capital é Oranjestad e a ilha inteira vive do turismo e de uma refinaria de petróleo instalada na década de 20 do século passado. A língua predominante é o neerlandês, mas o inglês e espanhol é facilmente compreendido por todos; tem cerca de 150 mil habitantes divididos em 200 km². A moeda é o Florim de Aruba, mas o dólar e o Euro também são aceitos em qualquer estabelecimento comercial, desde bares, hotéis e até farmácias.

Curaçao é a maior das ilhas das Antilhas Holandesas e está entre Aruba e Bonaire; também foi descoberta em 1499 pela mesma expedição espanhola que descobriu todo o arredor, ficando sob domínio da Espanha até 1621; depois disso foi reclamada pela Holanda e permanece até hoje sob o domínio monárquico da Rainha Beatriz. A palavra Curaçao pode ser traduzida como “arte de curar”, devido à produção de uma bebida intrínseca da ilha, apreciada pelo mundo todo; é uma espécie de licor azulado, feito a partir da casca da laranja local que segundo historiadores levou milhares de apreciadores a conhecer o lugar somente para se deliciarem com o néctar.

O idioma também é o neerlandês, ou holandês, mas como nas outras duas, inglês e espanhol também são falados e compreendidos; a capital é Willemstad e toda a ilha tem menos de 200 mil habitantes divididos em 444 km²; a economia é predominantemente oriunda do turismo.

Bonaire é também uma das ilhas que formam as Antilhas Holandesas e que também fica quase encostada na costa venezuelana, coladinha em Curaçao; a distância entre elas não passa de 100 km, portanto, é muito fácil visitar as três em três dias sem muito esforço. Quem visitar Bonaire não pode deixar de visitar o Lago Goto; salgado e lindo, é o único da região que possui um fenômeno raro, quando cerca de 20 mil flamingos se despojam nas águas ácidas e fazem o espetáculo para as lentes fotográficas.

Uma curiosidade interessante é que Bonaire chegou a se chamar Ilha de Brasil; esta ilha foi também descoberta pela Espanha, mas foi adquirida por Portugal, da mesma forma que as outras, mas foram vendidas para a Holanda durante a guerra com a Espanha por pura precaução portuguesa.

O turismo em Bonaire é maior para aqueles que gostam de pesca subaquática; o mar ao redor desta ilha é mais azul e mais espetacular do que nas outras, portanto, os resorts recebem muito mais adeptos deste esporte e costumam cobrar um pouco mais caro pela permanência. A capital é Kralendijk e a ilha inteira tem 20 mil habitantes divididos em 288 km². Se fala predominantemente o papiamento e o holandês, mas o inglês e espanhol também são usados facilmente. A moeda local é o Guilder das Antilhas Holandesas, mas como nas outras, dólar e Euro são comumente usados em todos os locais.

Para se visitar qualquer uma destas ilhas, o turista deve obrigatoriamente se informar em um dos consulados ou na embaixada da Holanda, uma vez que não há consulados aqui no Brasil. Certo mesmo é que seu Passaporte deve estar válido e caso se necessite qualquer permissão especial, esta será dada no ato da chegada.

Para finalizar é bom lembrar que estes 3 destinos do Caribe são para os que gostam de viver algo especial em um local hiper especial; um local onde as praias ficam lotadas no verão, com mulheres lindas desfilando muitas vezes de topless e que estão fugindo do inverno rigoroso da Europa e Estados Unidos. Nas ilhas há cassinos de luxo, campos de golfe; o clima oscila entre 30 e 40 graus o ano inteiro sem a incidência de chuvas.

Raramente se vê alguém de calça jeans, mesmo durante a noite. Há boates para todos os gostos, mas a música do Caribe, com base nas marimbas metálicas é o que faz a cabeça dos turistas. Por ser consideradas paraísos fiscais, se pode comprar todo tipo de importados com preços baixíssimos e o artesanato das ilhas é rico em miçangas e esculturas indígenas.

Quem preferir hotéis de menor porte pode contar com cozinhas montadas e isso influencia na questão econômica, uma vez que os bons restaurantes ainda são “um pouco salgados nos preços”. Eu afirmo que para ter seis dias de Rei no Caribe pode ser muito caro, mas se você preferir uma vida de Príncipe, com certeza vai pagar bem menos do que seis dias em Porto Seguro, Porto de Galinhas ou no Rio de Janeiro e no final, poder ter orgulho de dizer aos amigos que seu verão foi no Caribe.

E aqui fico eu, neste último texto de 2009, apresentando as belezas mais agradáveis do Planeta Terra, as ilhas de Aruba, Bonaire e Curaçao; tão pertinho de nós e tão desconhecida por pessoas que podem conhecê-las, mas que as vezes ficam com medo de explorar o desconhecido e deixam para trás, muitas vezes, a oportunidade ímpar de desfrutar de locais com civilidade acima do que estamos acostumados aqui no Brasil e por um preço que muitas vezes é menor do que pagamos para visitar cidades que estão há menos de 1 mil km de nossa casa.

Aproveite a oportunidade do Dólar baixo, pesquise, busque informações de sua agência, faça as malas e boa viagem em direção ao Caribe!

Feliz 2010 a todos e obrigado por me aturar nestas quase 70 crônicas de 2009. No próximo ano, que Deus permita a todos os votos auspiciosos de paz, luz, fortuna e sabedoria!

Carlos Henrique Mascarenhas Pires

www.irregular.com.br

CHaMP Brasil
Enviado por CHaMP Brasil em 31/12/2009
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