A IMPORTÃNCIA DA CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO CULTURAL EM BREJO SANTO
Nos dias atuais há uma grande preocupação no que se refere à preservação cultural no nosso país, nos estados brasileiros e nas nossas cidades, particularmente. Não podemos continuar nos omitindo, é nosso dever lutar por nossa identidade cultural. Felizmente contamos com o Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural para nos orientar no que diz respeito à proteção do Patrimônio, ao seu tombamento à nível federal, estadual ou municipal, enfim, de todas as medidas que devemos tomar, segundo a lei, para que haja desenvolvimento respeitando a tradição.
Na nossa Brejo Santo, cidade tão progressista, estas leis não têm sido observadas; pelo contrário parecem ser ignoradas. É que os casarões ancestrais donos de tantas memórias têm sido demolidos em nome do progresso.
De nosso conjunto arquitetônico, patrimônio edificado, resta-nos apenas, além da nossa Igreja Matriz, o casarão da Família Viana Arrais, construído pelo padre Viana no ano de 1907, onde residiu, inicialmente com suas irmãs Balbina e Altina, ambas professoras que alfabetizavam crianças e adultos desde que aqui chegaram em abril de 1898.
Funcionou também no referido casarão, além da primeira escola, a primeira farmácia (BOTICA) do boticário Lídio Dias Pedroso, esposo da primeira professora Balbina Viana Arrais. Por essa casa passaram muitos dos filhos ilustres da nossa cidade, quando crianças, pois havia ali três professoras: Balbina, Altina e Pedrosinha que dotadas de vocação incomum para o magistério, iam além da obrigação imposta pelo Estado, pois em horários diferentes alfabetizaram outros grupos de alunos, inclusive as donas de casa que recebiam suas aulas à noite.
Não podemos permitir que este patrimônio histórico caia em mãos de pessoas que venham a demolí-lo em nome do progresso; ele deve ser preservado pela municipalidade e usado como espaço cultural aonde venha a funcionar um museu, uma biblioteca e outras coisas afins.
Nós, o povo de Brejo Santo, fazemos um apelo aos poderes públicos municipais, mais diretamente ao prefeito municipal: resgatemos a nossa cultura, lutemos pelo tombamento histórico deste patrimônio e pela a aquisição do imóvel.
Com a aquisição do mesmo para a instalação do centro cultural, a nossa cidade crescerá também culturalmente, registrando suas origens, sua história, expondo suas artes e oferecendo opções para o turismo local.
Com a referida aquisição, far-se-á justiça a uma família que adotou este torrão como sua terra natal e se doou com muito amor ao seu engrandecimento.
E para coroar a ação, deverá o Centro Cultural ter a denominção Professora Altina Viana Arrais, em homenagem a esta figura ilustre que tanto amou nossa terra. Esse espaço cultural será um centro de resgate de nossa cultura.
Marineusa Santana
Obs:Artigo publicado na TRIBUNA UNIVERSITÁRIA em agosto de 1993, antes da demolição do CASARÃO.
http://www.marineusantana.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=200062
Nos dias atuais há uma grande preocupação no que se refere à preservação cultural no nosso país, nos estados brasileiros e nas nossas cidades, particularmente. Não podemos continuar nos omitindo, é nosso dever lutar por nossa identidade cultural. Felizmente contamos com o Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural para nos orientar no que diz respeito à proteção do Patrimônio, ao seu tombamento à nível federal, estadual ou municipal, enfim, de todas as medidas que devemos tomar, segundo a lei, para que haja desenvolvimento respeitando a tradição.
Na nossa Brejo Santo, cidade tão progressista, estas leis não têm sido observadas; pelo contrário parecem ser ignoradas. É que os casarões ancestrais donos de tantas memórias têm sido demolidos em nome do progresso.
De nosso conjunto arquitetônico, patrimônio edificado, resta-nos apenas, além da nossa Igreja Matriz, o casarão da Família Viana Arrais, construído pelo padre Viana no ano de 1907, onde residiu, inicialmente com suas irmãs Balbina e Altina, ambas professoras que alfabetizavam crianças e adultos desde que aqui chegaram em abril de 1898.
Funcionou também no referido casarão, além da primeira escola, a primeira farmácia (BOTICA) do boticário Lídio Dias Pedroso, esposo da primeira professora Balbina Viana Arrais. Por essa casa passaram muitos dos filhos ilustres da nossa cidade, quando crianças, pois havia ali três professoras: Balbina, Altina e Pedrosinha que dotadas de vocação incomum para o magistério, iam além da obrigação imposta pelo Estado, pois em horários diferentes alfabetizaram outros grupos de alunos, inclusive as donas de casa que recebiam suas aulas à noite.
Não podemos permitir que este patrimônio histórico caia em mãos de pessoas que venham a demolí-lo em nome do progresso; ele deve ser preservado pela municipalidade e usado como espaço cultural aonde venha a funcionar um museu, uma biblioteca e outras coisas afins.
Nós, o povo de Brejo Santo, fazemos um apelo aos poderes públicos municipais, mais diretamente ao prefeito municipal: resgatemos a nossa cultura, lutemos pelo tombamento histórico deste patrimônio e pela a aquisição do imóvel.
Com a aquisição do mesmo para a instalação do centro cultural, a nossa cidade crescerá também culturalmente, registrando suas origens, sua história, expondo suas artes e oferecendo opções para o turismo local.
Com a referida aquisição, far-se-á justiça a uma família que adotou este torrão como sua terra natal e se doou com muito amor ao seu engrandecimento.
E para coroar a ação, deverá o Centro Cultural ter a denominção Professora Altina Viana Arrais, em homenagem a esta figura ilustre que tanto amou nossa terra. Esse espaço cultural será um centro de resgate de nossa cultura.
Marineusa Santana
Obs:Artigo publicado na TRIBUNA UNIVERSITÁRIA em agosto de 1993, antes da demolição do CASARÃO.
http://www.marineusantana.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=200062