NOVELA MUSSUMANA

Diante da telinha nem tudo acontece. A heroína usa burka e não beija o mocinho. Nem abraçar ou pegar na mão pode. Tudo é condenado.

No fim do capitulo aparece uma mesa de pebolinho.

Igual àquela que se usava aqui no século passado.

Como evoluiu a novel por lá. Os jogadores do pebolinho estavam todos pelados.

A turcona aparece cantando, chingando, declarando ao herói. Mas necas de beijo.

O que salvou o capitulo da novela foi mesmo o pebolinho.

Juro, amanhã vou assistir outro capitulo emocionante.

A Alzazira vai bater a Globo.

Mulher de bigode pode.

Bater em mulher não pode.

Foi de lá que veio a Lei Maria da Penha.

O quibe cru, o charuto de folha de repolho ou uva...

O homem bomba.

Ainda não passou o capitulo das setenta e duas virgens...

Logo logo passa basta esperar.

Goiânia, 15 de dezembro de 2009.