A Música do Rei
Contemporâneo de Roberto Carlos, nascido também na década de 40, aprendi a ouvi-lo a partir dos anos 60, os anos dourados da jovem guarda. Desde aquela época até os dias de hoje, após cinco décadas de muito sucesso, a sua música ainda é a mais tocada, principalmente no período natalino, pois na sua maioria a letra fala de amor e paz.
Assisti ao seu primeiro show em 1971, no vigor de sua juventude, e lá estava um público formado por jovens, adultos e idosos, numa prova de que o seu sucesso não era nem nunca foi segmentado por faixa etária. É o cantor de todos, independentemente de idade. Nos shows mais recentes, quando a multidão de jovens o aplaude, ele costuma dizer, sem nenhuma modéstia, que “muitos de vocês foram feitos ao som destas músicas”, e passa a cantar exatamente aqueles sucessos da época dos seus pais.
É natural que cada uma tenha a sua preferência por esse ou aquele cantor, mas o interessante é que entre eles, o nome de Roberto Carlos é sempre citado. Não é à toa que ele é e sempre será a Majestade da MPB, assim como é o Pelé, em relação ao futebol. Ambos jamais perderão o título de Rei.
Numa época em que o estresse domina a sociedade, ouvir a sua música, atentamente, concentrando na letra e melodia, é, sem dúvidas, uma verdadeira terapia. No trânsito, naqueles congestionamentos quilométricos, o Rei tem sido o nosso mensageiro da paz interior. Não dá para continuar estressado, ouvindo aquela voz suave, dizendo: - “Quanta paz, quanta luz...” - pois aí sentimos a presença de Jesus. Mesmo que, por um momento, d’Ele estejamos esquecidos, a sua música há de nos lembrar sempre. Aplausos para o nosso Rei, cujas músicas nos fazem lembrar o Rei dos reis.