O nosso transporte do dia a dia
As pessoas que diariamente se utilizam do transporte coletivo para se locomoverem aos seus locais de trabalho, em especial nos ônibus, se deparam com inúmeras situações pra lá de embaraçosas . Algumas dessas histórias banais na vida da maioria da população quando contadas rendem boas risadas, ao mesmo tempo em que demonstram o drama que é depender do transporte público no nosso país, principalmente em regiões metropolitanas como Rio e São Paulo. Na Baixada Santista não é diferente principalmente nos horários de pico, onde os veículos transitam com um número de passageiros acima da sua lotação máxima permitida.
Com muita sorte o seu transtorno só irá começar quando você ultrapassar a catraca, pois para alguns começa antes da catraca ao pagar ao motorista-cobrador e se deparar que não veio com dinheiro trocado. Muitos motoristas nessa situação deixam o passageiro descer e entrar pela porta de trás, quando não, ficam com o dinheiro e deixam o usuário passar e pede para aguardar até ter troco para ele.
Quem consegue ultrapassar a catraca com o ônibus cheio se depara com um verdadeiro paredão humano, onde mesmo assim muitos tentam chegar até o fundo do ônibus distribuindo muitas vezes várias pisadas nos calcanhares de terceiros, para no fim descobrirem que o fundo do ônibus já se encontrava lotado. O curioso do paredão humano que se forma entre a proximidade da catraca e o fundo do ônibus, é que as pessoas ficam tão concentradas que nem notam quando o fundo do ônibus esvazia e permanecem no mesmo lugar desde o início só saindo para sentar num lugar que vagou ou quando está se aproximando do seu ponto de descida e continuam dificultando a passagem. Há também aquelas situações desconfortáveis quando as pessoas são obrigadas (ou não) a ficaram atrás das outras por causa do aperto, onde muitos se aproveitam pra tirar a chamada casquinha. O absurdo da falta de respeito chegou as redes sociais onde foram criadas comunidades dessa prática tão desrespeitosa, os chamados encoxadores. Na cidade de Santos foi até criada uma campanha contra o abuso de mulheres dentro dos coletivos, mas o que com certeza dará resultado é uma melhor educação das pessoas no nosso país tupiniquim.
Assento Preferencial
Os assentos preferenciais foram criados para beneficiar os usuários com necessidades especiais (idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo, deficientes visuais ou físicos...), porém eles têm servido também para mensurar a educação das pessoas que utilizam os ônibus, pois muitos não estão nem aí e acabam ocupando o lugar demarcado e bem demarcado por sinal, não se incomodando se tem uma pessoa idosa ou gestante em pé. Ônibus lotado ninguém merece, mas como a obrigação de chegar no horário nos respectivos serviços nos condena a ficar a mercê das empresas de transporte coletivo, só nos resta sonhar com dias melhores.