Viva segundo os princípios do relógio do Sol
O relógio do Sol marca as horas conforme a incidência da luz sobre um disco com horas gravadas e um pino fixado perpendicularmente à base. Dependendo do ângulo do Sol sobre o pino, a sombra deste projeta-se na superfície do disco indicando a hora. Sem o Sol não se pode ler as horas. Há alguns tipos de relógios que trazem a inscrição gravada: “Eu só registro as horas que o Sol brilha”.
Para exteriorizarmos um bom modo de viver em nossa vida, haveríamos de ser como o relógio do Sol. Fazer do nosso lar um aconchego, harmonia, confiabilidade e progresso. Estar sempre se beneficiando dessas fontes promissoras da vida no registro somente de horas radiantes. Momentos alegres e boas palavras são os segredos para uma vida feliz.
Toda a Humanidade teria que passar a viver como os princípios do relógio do Sol, como refere a obra do mestre Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho No Ie no livro A Verdade da Vida no volume 7, às páginas 38 e 39. Estar sempre expulsando da mente os usurpadores de energia como as recordações desagradáveis, os pensamentos tristes e as imaginações sombrias. Expulsar estes ladrões que muitas vezes avassalam nossos sentimentos como aborrecimento, ódio, ciúme e humilhação. Estar cientes do poder revigorador de boas palavras.
Não esquecer que nossa memória é como um veículo coletivo transportando vários tipos de passageiros: cavalheiros, moças bonitas bêbados, doentes. Certamente devemos fixar nossos registros mentais positivos mais no cavalheiro ou na moça bonita, não vendo o negativo na representatividade do bêbado ou do doente. Aprendemos também que verdadeiramente o bêbado não existe, assim como a doença também não existe porque não são criações de Deus. Estar focando somente a imagem verdadeira do homem Deus que jamais se embebedou ou ficou doente. Falando da idéia de não nos compadecer dos doentes ou dos bêbados.
Voltando ao caso do coletivo se igualando à nossa memória seria não estar levando na lotação os negativos que corroem as energias positivas. Não ficar guardando os bagaços como as desilusões. Os ladrões devem ser expulsos como os pensamentos negativos, a autocomiseração, os sentimentos de vingança, de culpa, de tristeza, de desânimo que roubam nosso bem maior em troca do tesouro que não tem preço: a felicidade.
José Pedroso