NATAL DE SEMPRE

Lino Vitti



“Natal de sempre” por quê? Estou ouvindo a pergunta não só do caro diretor Paulo, mas de todos os possíveis leitores destas sempre insípidas linhas, com que tento agradar, possivelmente sem êxito. Tento, entretanto, mais uma vez, e espero que os caríssimos aí mencionados – diretor e leitores- me honrem com sua aprovação que, sei sincera, benigna e cristã.
Dito isto, vamos ao Natal, essa data grandiosa, universal e cristianíssima,
embora eu nada tenha a acrescentar a tudo o quanto foi dito, se diz e se dirá sobre esse acontecimento divino-humano que ensina ter ocorrido para salvação do homem, enterrado como estava nas geenas do pecado, quando o Pai resolveu enviar o seu Filho para ser homem e como Homem e como Deus abrir o caminho e as portas do paraíso aos perdidos filhos de Adão e Eva. Para que isso fosse possível viu-se entretanto, Deus Pai, compelido a enviar à Terra a segunda pessoa da Santíssima Trindade, Deus Cristo Jesus, para o Sacrifício da Paixão e Morte na Cruz, aproveitando o seu mensageiro arcanjo Gabriel a quem ordenou levar a Maria a mensagem da concepção pelo Espírito Santo. E com o sim de Maria, Jesus usou de seu sacratíssimo seio para ser Homem, viver, 33 anos, ensinando a Fé, a Esperança, a Caridade, o Amor sobre tudo. E, ao final, submeter-se à estultície de um Pilatos e de um parlamento de anciãos, ditos sabidos, mas ignorantes nas coisas de Deus, para ser julgado, condenado , crucificado e morrer entre bandidos, como se um deles fora.
Mistério dos mistérios que salvou as almas dos seguidores de sua santíssima doutrina os quais, como um pequenino ato de gratidão, lembram homenageá-lo a cada 25 de dezembro, há já 2.009 anos. E enquanto poucos lhe prestam a homenagem da gratidão, com preces, recordações representativas, orações, missas, presepes, outros, ingratos, não crêem Nele , mas não esquecem de criar um anti-cristo na figura de um rochonchudo Papai Noel, banquetear-se, divertir-se com famosas viagens pelo mundo, trair e até vociferar contra a pequenina pessoa de Cristo deitado na manjedoura ao lado de Maria e José e assistido pela humildade fulgurante dos pastores e aquentado pelo hálito dos animais domésticos que cederam o seu estábulo para que o mundo tivesse um Natal, o nascimento de Cristo Salvador, a salvação e o céu. E para encerrar, ofereço aos distintos leitores um poema sobre o jubiloso evento:


NASCE UM DEUS

Lino Vitti
(Príncipe dos Poetas Piracicabanos)

Receberam-te a palha, os animais,
E o coruscar dos astros celestiais!
Receberam-te as ovelhas e pastores
E o perfume das ervas e das flores.
Não foi festa de reis, de potentados,
Nem o marchar de exércitos armados.
A música suave dos arcanjos
Divinizara a noite em mil arranjos!
Maria – a Mãe – envolta em luz da aurora
E José, de joelhos, reza e chora.

Veio ao mundo Jesus – a Suavidade –
Messias da Justiça e da Verdade,
A salvação dos povos e nações.
Trazendo o Amor e a Paz às multidões.

O estrépito da glória se esmaece
Porque é o momento da humildade e prece,
É a hora de falar dos corações,
É a hora divinal das emoções,
Porque Cristo nasceu – Criança loura –
No berço de ouro de uma manjedoura.

O Esperado chegou, com Ele a Paz,
Com Ele, o Amor, e tudo se refaz.
Sob o encanto divino dessa Criança,
Rei da Fé, Rei do Amor, Rei da Esperança:
A Fé dos pequeninos e do sonho,
Do Eterno Pai a despontar risonho
Abrindo portas à felicidade,
Beijo de luz vindo da eternidade.

Doce Menino, ao Teu Presépio corro,
Necessito de amparo e de socorro.
Precisamos sentir tua presença
Para que a humanidade se convença
Que sem Deus não há Paz, Fraternidade,
Nem Amor, nem qualquer Felicidade.




Obrigada, querido Príncipe dos Poetas Piracicabanos, pela grande honra em tê-lo conosco neste nosso  Recanto das Letras ! UM FELIZ E SANTO NATAL! Maria Emília
Mel Redi
Enviado por Mel Redi em 12/12/2009
Reeditado em 12/12/2009
Código do texto: T1973999