O significado do Natal...
Finda o ano e a tradição nos induz a estarmos sempre mais alegres, conservando no semblante e no coração essas expressões de bom ânimo, tudo em homenagem ao grande aniversariante, o Grande Mestre Jesus. As ruas estão enfeitadas e, tantos nas pequenas como nas grandes comunidades, os sonhos são os mesmos. As lojas estão enfeitadas, as prateleiras e as gôndolas sempre abarrotadas de mercadorias. São presentes, gêneros alimentícios, eletroeletrônicos, magazines e muito mais. Há uma movimentação extraordinária, principalmente nos centros maiores, parecendo verdadeiros formigueiros, naquele vai e vem de pessoas, todas de coração aberto à procura de algo para presentear a si próprio ou a alguém mais próximo ou mesmo a amigos, quem sabe até aqueles secretos.
Que bom que todos estão em festa. Será que estão realmente lembrando do aniversariante maior? Tomara que sim.
Nós, como já dito em outros textos, éramos crianças de uma família numerosa morando na roça e a chegada do Natal era uma grande festa. Macarronada com queijo, frango ao molho, alguns tipos de peixes quando possível, bacalhau, frutas do verão e da época. Tinha refrigerante, porém não tão à vontade como hoje, pois nosso pai comprava três garrafas de 600 ml. Naquela época era o famoso "Guaraná Antarctica Paulista", que era repartido umas duas xícaras para cada um. Para ele e demais adultos, costumava comprar um litro de vinho.
Acabava o Natal, tudo era verdadeira harmonia, festa à espera do Natal do próximo ano. Essa delicia que era o Natal em família.
A seguir para ao leitor um artigo que me fora passado, pela equipe de redação do Momento Espírita:
“Hei você, aonde vai com tanta pressa? Eu sei que você tem pouco tempo. Mas será que poderia me dar uns minutos da sua atenção? Percebo que há muita gente nas ruas, correndo como você. Para onde vão todos? Os shoppings estão lotados. Crianças são arrastadas por pais apressados em meio ao torvelinho. Há uma correria generalizada. Alimentos e bebidas são armazenados. E os presentes, então? São tantos a providenciar. Entendo que você tenha pouco tempo. Mas qual é o motivo dessa correria? Percebo, também, luzes enfeitando vitrines, ruas, casas, árvores. Mas confesso que vejo pouco brilho nos olhares. Poucos sorrisos afáveis, pouca paciência para uma conversa fraternal. É bonito ver luzes, cores, fartura. Mas seria tão belo ver sorrisos francos. Apertos de mãos demorados. Abraços de ternura. Mais gratidão. Mais carinho. Mais compaixão. Talvez você nunca tenha notado que há pessoas que oferecem presentes por mero interesse. Que há abraços frios e calculistas. Que familiares se odeiam, sem a mínima disposição para a reconciliação. Mas já que você me emprestou uns minutos do seu precioso tempo, gostaria de lhe perguntar novamente: para que tanta correria? Em meio à agitação, sentado no meio-fio, um mendigo ébrio grita bem alto: "Viva Jesus, Feliz Natal"! E os sóbrios comentam: "É louco!". E a cidade se prepara. Será Natal. Mas, para você que ainda tem tempo de meditar sobre o verdadeiro significado do Natal, ouso dizer: o Natal não é apenas uma data festiva. É um modo de viver. O Natal é a expressão da caridade. E quem vive sem caridade desconhece o encanto do mar que incessantemente acaricia a praia, num vai-e-vem constante. Natal é fraternidade. E a vida sem fraternidade é como um rio sem leito, uma noite sem luar, uma criança sem sorriso, uma estrela sem luz. Mas o Natal também é união. E a vida sem união é como um barco rachado, um pássaro de asas quebradas, um navegante perdido no oceano sem fim. E, finalmente, o Natal é pura expressão do amor. E a vida sem amor é desabilitada para a paz, porque em sua intimidade não sopra a brisa suave do amanhecer, nem se percebe o cenário multicolorido do crepúsculo. Viver sem a paz é como navegar sem bússola em noite escura. É desconhecer os caminhos que enaltecem a alma e dão sentido à vida. Enfim, a vida sem amor. Bem, a vida sem amor é mera ilusão. Que este Natal seja, para você, mais que festas e troca de presentes. Que possa ser um marco definitivo no seu modo de viver, conforme o modelo trazido pelo notável Mestre, cuja passagem pela Terra deu origem ao Natal.
Texto da equipe de redação do Momento Espírita. www.momento.com.br
Por José Pedroso