História do transporte urbano no Brasil

O desenvolvimento das cidades possui uma relação direta com o avanço dos meios de transportes. Por isso, o deslocamento das pessoas e de produtos, depende de fatores como o motivo de viagens dos indivíduos e o movimento de cargas (transportes de mercadorias etc.). A história desse desenvolvimento, para BERTOLUCCI apud MUMFORD (1982), é o componente dinâmico da cidade, sem o qual ela não poderia ter se expandido em tamanho e produtividade, influenciando tanto na sua localização quanto nas suas características.

Até o século XVII, a condução das pessoas nas cidades e para as cidades era feita a pé, montado em animal ou através de carruagem. Segundo a autora, Liana Bertolucci (apud FERRAZ; TORRES, 2004) , foi em 1662 que a população de Paris, pela primeira vez, usufruiu do primeiro serviço regular de transporte público: linhas com itinerários e horários pré-estabelecidos. O veículo utilizado era o então denominado ¨omnibus¨ (“para todos” em latim), serviço realizado por carruagens com oito lugares puxadas por cavalos.

Com a Revolução Industrial, no século XIX, desencadeou-se o aparecimento do transporte público em várias cidades. Segundo Ferraz e Torres (2004), ainda na primeira metade do século XIX, em Nova York, no ano de 1832, surgiram os primeiros bondes – veículos que se movem sobre trilhos. Em 1890 surgiram os primeiros ônibus (denominação dada aos omnibus acionados por propulsão mecânica) movidos à gasolina, sendo utilizados em cidades da Alemanha, França e Inglaterra. Inúmeras vantagens - como menor custo, maior flexibilidade e maior confiabilidade - fizeram com que o ônibus substituísse o bonde no transporte urbano. (BERTOLUCCI apud FERRAZ; TORRES, 2004).

Mas, com o período industrial foram surgindo novos meios de locomoção. Segundo Heliana Barbosa Fontenele, passou a existir outros tipos de meios de transporte como, por exemplo, bicicleta (1839), motoclicleta (final do século XIX), trem suburbano e metrô (1863), carro (final do século XIX), ônibus: - movido a gasolina (1890); movidos a diesel (1920), movidos a energia elétrica (trolebus de 1950).

No período após a Revolução Industrial, o Brasil teve um crescimento populacional que foi relevante para o processo de urbanização das cidades. Com isso, viu-se a necessidade de criar planejamentos que pudessem de alguma forma, minimizar os problemas ocasionados nessa época.

Nesse sentido, compreende-se as inovações na área de transportes, a população brasileira passa a utilizar conduções para os deslocamentos do campo para as cidades e, sobretudo, para transitar dentro e fora das áreas urbanas. A princípio, esse meio de transporte era quase que exclusivo para a classe média, porém, em seguida foi aberto as pessoas em geral.

Por conta disso, foi preciso criar planejamentos na área de transporte visando, contudo, dar condições a todos a usufruírem esse serviço com qualidade. À medida que foi criando essas ditas melhorias, nascia também um problema que era as formas de pagamento por conta do uso do meio de locomoção.

REFERÊNCIAS

ANT. Transportes Públicos. Disponível em: http://hist.antp.org.br/telas/congresso_transito_transporte9.htm Acesso em 26/10/2008

BERTOLUCCI, Liana Maria Mayer. Terminal de Transporte Urbano Coletivo. Faculdade Assis Gurgacz. Cascavel, 2007. p.19.

FERRAZ. José Carlos de /figueredo. URBS Nostra São Paulo. Editora da Universidade de São Paulo; Pini, 1991.p. 106-107.

FONTENELE, Heliane Barbosa. Introdução ao Transporte Público Urbano ( TPU). Disponível em:http://www.fag.edu.br/professores/heliana/Planejamento%20de%20Transportes/2%BA%20Bimestre/T%F3pico%2005_Introdu%E7%E3o%20ao%20TPU.pdf Acesso em 26/10/2008.

NTU. Desoneração dos custos das tarifas do transporte urbano e de característica urbana. Abril de 2007. Disponível em: http://www.ntu.org.br/novosite/arquivos/DesoneracaoCustosTarifasAbr2007.pdf Acesso em 08/10/2008.

Entrevista ( no ano de 2008) com Raimundo Valeriano - Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis da Bahia - Sindicar

Juli Arize
Enviado por Juli Arize em 10/12/2009
Reeditado em 06/04/2016
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