Copenhage, clima e C02 - dúvidas e manipulações em torno do tema.

Copenhage, clima e, C02 - dúvidas e manipulações em torno do tema.

Começou ontem em Copenhague uma conferência patrocinada pela ONU, cujo escopo é a fixação de políticas e ações de combate às alterações climáticas supostamente provocadas pela ação humana, através da alteração do meio natural. Cientistas, políticos e, imprensa vão bater o cartão. Qualquer um pode se divertir com o desenrolar do evento. Estou nessa.

Numa conferência onde se juntam técnicos da ONU (essa imensa e cara ONG cuja atuação se baliza atualmente pelo apoio a governos corruptos, genocidas ou, autoritários, como bem disse Reinaldo Azevedo - Veja), cientistas financiados pelas ONGs ou militantes delas, cuja agenda resulta, em parte, da adesão das chamadas esquerdas políticas sem bandeira à causa da ecologia e, a cúpula política do planeta, que, sabemos, passa por um momento de crise, cujas lideranças padecem de coragem e, discernimento, o que esperar?

Diante da falência e desmoralização das teses socialistas e, diante da pressão vinda de todos os lados, todos os indivíduos parecem correr atrás de uma causa ditosa, de uma atitude que enfim, justifique suas vidinhas vulgares decorrentes de cabeças vazias e, mitigue o mal estar e a dor na consciência, diante de uma vida confortável, ante um mundo onde bilhões de pessoas padecem, no que parece ser um vale de lágrimas, desgraças e, infortúnios.

Será mesmo assim?

Muitas dessas iniciativas se justificam, assim como se justifica a dedicação autêntica de muitas pessoas. Mas, é inegável que hoje, é uma espécie de moda participar desse tipo de movimento - todos querem ter uma grife politicamente correta para exibir no blog. Uns vão para a área da chamada "inclusão social", outros vão para a área educacional, uma outra parte parte vai para a área dos direitos políticos das minorias, mas a grande maioria quer militar mesmo é na área da ecologia, da preservação ambiental - pois, das militâncias, essa é sem dúvida a mais charmosa e a que atrai mais atenção da imprensa e, dá enfim, mais publicidade.

Difícil encontrar alguém que não confesse que gostaria de fazer a militância shoo-be-doo no sentido de salvar o boto cor de rosa, a ararinha azul e o acari-açu da cara vermelha - eu, inclusive.

A despeito do avanço da ciência e, do conhecimento humano, parte dos cientistas ligados à área climática parecem uma espécie de arautos do fim do mundo. Nesse sentido, tomaram o lugar dos profetas do apocalipse - mas vendem a mesma mercadoria.

Qual é o problema objetivo, a ameça que nos pode levar a uma hecatombe e, depois à irrenunciável extinção, segundo essa gente?

Segundo dizem, é a emissão de CO2, isto é, dióxido de carbono nos processos de produção industrial ou, da queima de florestas, para arroteamento de áreas para a agricultura, que sobe para a atmosfera, não se dissipa e, cria uma espécie de estufa lá no alto, que resulta na aquecimento da superfície do planeta, o derretimento das calotas polares e uma ameaça mediata à vida na Terra.

O que essa gente diz é que o descontrole na produção industrial e destruição de florestas resulta na emissão de um volume gigantesco de CO2, que sobre para a atmosfera, e que, entrementes contribuir para o aumento do tal do "buraco da camada de ozônio" - o irremediável sinal do fim, altera o clima do planeta Terra, gerando cataclismos em série e enfim, o aumento do volume dos oceanos.

Vista assim, a coisa é mesmo de meter medo. Mas, para desmoralizar esta curiosa tese, não é preciso ser cientista, nem ter intimidade com o assunto. Números simples, bastam.

Comecemos por aqui: o que é exatamente o CO2?

Segundo a Wikipédia, o dióxido de carbono, ou gás carbônico é um composto químico constituído por dois átomos de oxigênio e um átomo de carbono - CO2, sendo estruturalmente constituído por moléculas de geometria linear e de carácter apolar, de atrações intermoleculares fracas, sendo por isso, um gás.

Este gás é essencial à vida no planeta e está presente na fotossíntese das plantas, cuja energia vital é distribuída para todos os outros seres vivos, por meio da chamada "teia alimentar", numa das muitas fases do ciclo do carbono.

Ou seja, o CO2 não é um elemento estranho e, na sua origem, maligno ao seres vivos - pelo contrário, está intrinsecamente envolvido no processo e na existência da vida sobre o planeta Terra.

E agora, um dado fundamental para qualquer discussão em torno do assunto: o resultado da atividade humana sobre a o planeta, por outro lado, representa apenas 5 % (cinco por cento) da emissão de todo o dióxido de carbono ocorrido na superfície do planeta Terra. Não, você não leu errado. Os números são mesmo esses: 5%!

Então, ao que parece, o que estão propondo é que, agindo para reduzir esse número ínfimo, estaria garantida a salvação do planeta, da humanidade, do boto rosa, da ararinha azul, da acari-açu da cara vermelha, da lontra preta do pantanal e, por aí, vai...

Mas, fica a pergunta: e os outro 95% (noventa e cinco) por cento de emissão de CO2. Como controlar?

Aí é que está: é impossível controlar, pois resulta de processos naturais de reação e decomposição química, sendo que o maior emissor de CO2 são os... oceanos. Isso mesmo, hipotético leitor. Os oceanos. E já que são os oceanos e a natureza os maiores emissores do dióxido de carbono, a ação humana como fator de ameaça ao clima do planeta já fica descartada de plano.

Mas, o que vem causando então, a suposta e dramática alteração climática no nosso planeta? É uma boa pergunta para a qual ainda não parece haver uma resposta adequada ou, fechada.

Uma corrente de cientistas afirma - e tem tentado debater com a sociedade organizada e o público em geral, mal grado o lobby descarado (e, eficiente!) em sentido contrário -, com base na tabulação de mais de 300 (trezentos) anos de coleta de dados climáticos que, ao contrário do que já é tido como consenso científico, a Terra - que passou por sucessivos períodos de aquecimento e resfriamento, está num período de declínio de temperatura, desde década de 40 do século passado, processo que continua em curso.

(Se quiser acessar tais informações, duas sugestões de sites:

http://ecotretas.blogspot.com/2009/01/rua.html e http://br.video.yahoo.com/watch/4261306/11455519).

Todavia, a repórter do Fantástico (rede Globo) afirma, em plena Antártida - arrogando um conhecimento do qual não se sabe de onde ela tirou, que o derretimento das calotas polares é resultado, sim, da ação humana sobre a terra. Quanta autoridade e confiança!

A tal corrente de pesquisadores (gente que tem formação e, uma vida dedicada à pesquisa na área), porém, tem uma outra tese a respeito. Dizem que a as variações de temperaturas na atmosfera terrestre estão intimamente vinculadas ao que ocorre na superfície do sol - à variação do surgimento de manchas e tempestades solares, da qual decorre uma dantesca emissão de partículas energéticas carregadas pelo espaço, corresponde uma variação da temperatura atmosférica e à variação do clima.

E, eles assinalam, com base nas informações tabuladas ao longo de anos: o sol entrou num período de calmaria em sua atividade, depois da década de 80.

Vejam bem que, conforme tal tese, a discussão em torno da variação da temperatura e do clima na terra depende de um outro fator, de natureza cósmica, e não há, nem haverá nada que possamos fazer, posto que a terra é refém eterna do sol, cumprindo um elíptico de gratidão e medo, ao seu redor.

Assim, de acordo com tais pesquisadores, no que toca ao clima, a ação humana é incapaz de promover qualquer alteração relevante, em especial quanto à variação de temperatura dos oceanos. E quanto aos eventos ocorridos no sol, só mesmo o Criador poderia intervir.

Sou um cara desconfiado - principalmente em assuntos, onde entram políticos, ONGs e, interesses escusos (caso das verbas destinadas à pesquisa científica). Por isso, andei visitando sites onde se encontram dados de gente responsável que rema contra a maré da opinião banal ou, bovina. E, fico com a opinião desses caras.

Por isso, estou descansado. Imagino que o mundo não vai acabar num período tão próximo ou, pelos motivos que anunciam. E vai dar tempo de tocar a vidinha e vier bons momentos, escrever uns textos, sonhar com a um publicação de um livro de hai-cais e, pegar uns netos no colo, antes que tudo vá para o beleléu - ou eu vá.

Embora desconfie de gente, eu não duvido da vida e, gosto de viver. Ou, como diria o outro: "ratos e urubus do ambientalismo, desgrudem do meu sapato, que eu quero passar e viver, em paz e confiante!"

E o combate ao aumento populacional descontrolado, o combate à fome, a preservação da natureza, das florestas, das ararinhas, das ariranhas, das aranhas, do modo de vida ancestral, o controle do aumento populacional etc?

Em termos, sou a favor. Mas, diante da minha visão realista da relação do homem com o meio natural e da satisfação das necessidades humanas, tenho lá meus reparos contra certos exageros, noves fora malandragens e arcaísmos. Mas, isso é assunto pra outra crônica.

Agora, me deem licença, pois vou continuar minha vida (compromissos profissionais incluídos) sem temer o fim do mundo, nem duvidar da capacidade do homem na resolução de seus problemas.

O que deseja essa gente e essas organizações tão voluntaristas? Como já escrevi por aqui, o que elas desejam e exercer poder e controle sobre novas vidas e escolhas, mediante um espécie de poder espúrio - nem que, para isso, tenham de sustentar teorias questionáveis, senão, risíveis.

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A transformação é uma das leis ancestrais que governam o universo, desde o momento primordial. Não poderia ser diferente com o clima da Terra, esse diminuto grão de areia que flutua ao redor de uma pequena estrela, dentro da via Láctea.

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Como é patético e cômico ver um pesquisador brasileiro - repetindo maquinalmente o que já disseram alhures, falando no suposto problema decorrente dos arrotos e peidos de vacas, que agora são classificadas como ancestrais e ameaçadoras emissoras de CO2 para a atmosfera terrestre!

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Nos anos 70 do século passado, a tese ameaçadora era oposta à atual: diziam que a Terra ia congelar e, que a humanidade poderia desaparecer sob uma nova e terrível Era do Gelo. E, muita gente boa afiançava a tese furada, entre eles, o astrofísico Carl Sagan, o conhecido apresentador da série Cosmos. Pesquise por aí e, você vai achar material sobre isso.

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Dias atrás, explodiu na Internet a notícia da subtração de uma série de e-mails entre cientistas ligados à pesquisa ambiental, que tratavam da tabulação de dados referentes à análise de eventos climáticos e que seriam usados na conferência de Copenhague, cujo resultado não era lá, dos mais apocalípticos.

Pois, é - no mundo dos cientistas também tem isso de paixões, política, deslealdades e, coisas do gênero...

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Copenhague só me lembra chocolate suíço. E o tal chocolate leva leite das mimosas vaquinhas suíças, que emitem - oh, não!, CO2.

Só fico mais tranquilo, porque eu e você, hipotético leitor, eventuais consumidores de chocolate, oh, sim!, também emitimos.

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Minha militância ecológica é tímida e diletante. Em todos os lugares que ja habitei ou habito, planto árvores (em especial, as frutíferas que convidam pássaros para o lugar) e procuro reservar um espaço onde possa contemplar uma fração de natureza. Sempre funciona: insetos, animaizinhos e, pássaros vão se achegando, gostando, ficando...

Sempre que tenho tempo, colho sementes das árvores que embelezam minha cidade e, faço mudas, num cantinho do quintal. Quando estão de bom tamanho, as espalho pela vizinhança e, por onde vou.

Muita gente já sabe desta prática e, aparece em casa, para levar mudas de árvores, para serem plantadas em Goiânia ou, pelo interior afora.

Sou filho de uma família que é, na origem, de agricultores. Havendo possibilidade, participo de causas coletivas em favor do meio ambiente - desde que não sejam causas cuja resolução impliquem no afastamento do homem de seu meio e local de subsistência.

E, acredito, sem demagogia, que um equilíbrio entre necessidades humanas e a causa ambiental é possível...

Na minha vida urbana, porém, não estou disposto a descartar os confortos que a cidade me oferece, embora procure reduzir os excessos.

Foi uma luta de muitas gerações para conseguirmos esse conforto - e, entendo que o merecemos.

Alguém aí, abre mão da Internet? Atrás da Internet tem um universo inteiro de fabricação e consumo...