AOS VEREADORES LINHARENSE
Segundo Charlie Chaplin "para que o mal prevaleça basta que os bons cruzem os braços", para Abraham Lincoln “pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes". Então, descruzarei meus braços e quebrarei o silêncio (para não ser transformado em covarde) bradando com indignação o descaso advindo do corpo legislativo municipal (vereadores) quanto ao transporte público.
Caros vereadores, Abraham Lincoln descreveu a democracia como sendo "o governo do povo, pelo povo, para o povo", mas parece que este conceito se esfriou no ar-condicionado do seu carro, enquanto que vossos eleitores se desintegram a espera de um ônibus que virá abarrotado de gente podendo ou não parar para eles.
É certo que ocupados como são, criando projetos que serão engavetados durante muitos anos, os quais talvez nem tenha valia para a sociedade linharense, mas que ocupam perfeitamente vosso tempo, enquanto dilatam abdômen e achatam as nádegas, vocês não tenham tempo para pensar em questionar à empresa prestadora do serviço (caríssimo e de péssima qualidade, diga-se de passagem), a qual a respeitada Câmara renovou seu contrato, não abrindo precedente para empresas concorrentes (não quero entrar neste detalhe), o porquê de não prestar a atenção ao crescimento populacional de Linhares, permanecendo a mesma quantidade de ônibus (grande parte sucateada) que, quando não deixa passageiros no ponto, os transporta como “sardinhas enlatadas”. Um desrespeito às grávidas que precisam entrar pela porta da frente e esmagar seus fetos entre os passageiros que se espremem e se contorcem para ficarem em pé, para por fim pagarem a passagem e chegarem ao destino, ora sentada, ora em pé.
Caríssimos, não interpretem esta minha indignação como desrespeito à vossa autoridade, ao contrário, é apenas um desabafo de um eleitor que aguarda providencias daqueles que, eleitos pelo povo, se comprometeram a lutar pelo e para povo.