Ética e corrupção

Dezembro de 2009, mês de comemoração do Natal, do despertar da solidariedade (pena que esse sentimento não se perdura ao longo do ano!!!), das pessoas se sensibilizarem e, especialmente, do auge de mais um escândalo político

(tudo para “enriquecer” o currículo do brasileiro). Dessa forma, entraremos para o Guiness book. Somos nós, povo brasileiro, a personificação do paradoxo?

Atualmente, o cenário político brasileiro está sob os holofotes. O motivo?

O caso de corrupção envolvendo o governador do DF Arruda, que alegou ter recebido dinheiro para comprar panetones para crianças carentes (COITADO, será que um homem não pode ter um gesto de caridade, sobretudo nesta época do ano?).

A cada dia que passa, o brasileiro está se superando, no sentido negativo. Talvez nenhum escritor tivesse tanta criatividade para redigir uma obra ficcional com tantas histórias de corrupção. E isso está causando sérias conseqüências:

o homem não está mais dando a devida importância aos fatos ocorridos. Hoje, cada caso é apenas mais um na estatística. Onde fica o estarrecimento? A indignação do povo brasileiro? Lamentavelmente, nos acostumamos com toda esta sujeirada. Estamos imersos num mar de lama.

Entretanto, não devemos continuar estagnados, como se tudo fosse normal e aceitável. Precisamos reivindicar nossos direitos!!! Afinal, qual é o lugar da ÉTICA na sociedade contemporânea brasileira? Aliás, atualmente, qual é o significado dessa palavra? Até onde sei, ela é o conjunto de valores e atitudes de uma pessoa. Valores? Atitudes? O que é ser um homem íntegro hoje? O que é ser honrado? O que é ter caráter? Com toda inversão de valores, quem sabe responder essas perguntas?

Até outrora, era inadmissível imaginar tais práticas. A ética e a honra de um homem eram elementos fundamentais na construção do eu – da sua imagem. Num país onde o que impera é a permissividade, praticar um ato ilícito faz virar celebridade – ficar na mídia – ter seus 15 minutos de fama. Então, para que ética? O que vale não é mais SER um homem de bem e sim TER bens. Não é? “E assim caminha a humanidade”.

Renabarcellos
Enviado por Renabarcellos em 06/12/2009
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