Traição, Amor e Amor produtivo.
Geralmente quando o individuo é traído seu procedimento é autômato. Parte para os ditos sentimentos de “justiça pessoal” – dar o troco.
Neste momento perde-se a oportunidade de usar um dos mais importantes sentimentos nobres, o perdão.
O indivíduo que perdoa pratica o amor produtivo, sendo este um amor construído nos pilares do conhecimento, respeito, dedicação, responsabilidade.
Muito se fala da banalização do sexo, esquecem da banalização do amor. Hoje se amam tudo e todos de forma aleatória. Empolgam-se com o porte físico, poder econômico, poder de sedução. Dizem-se apaixonados como se fosse este sentimento o ápice do amor, quando é deveras uma oportunidade inicial da realização do amor.
Ao cair a “mascara do dito amor”, inicia-se o processo da indiferença, seguido do afastamento consciente ou inconsciente, camuflados por novos interesses físicos. O indivíduo ao sentir atração por outro(a) de aparência física semelhante ao seu parceiro(a) ou “melhor”, tende a se envolver, podendo romper a atual relação ou vivenciar outra relação paralela.
O mecanismo imposto pela sociedade capitalista ocidental na qual o conceito “Sou o que penso” foi substituído pelo “Sou o que tenho, o que possuo” ficou impregnado em nosso inconsciente e repetimos este conceito de forma cíclica, inviabilizando a capacidade do amor produtivo.
O culto corporal e o sucesso não satisfazem os verdadeiros anseios da felicidade humana.
Os indivíduos se preocupam com a questão de saber se são ou não atraentes, se esquecem que a essência de seu poder de sedução é sua própria capacidade de amar.
Para amar o outro devo estar em condições de vê-lo de acordo com sua realidade, assim lhe amo na medida em que lhe observo.
Como posso amar o outro se não enxergo amor dentro de mim.
Como cuidar do outro se não me cuido.
Como respeitar o outro se não me respeito.
Como responsabilizar o outro se não me responsabilizo.
Com certeza o amor produtivo não é passivo, mas atuante, não se restringindo aos cuidados físicos como também no desenvolvimento das potencialidades humanas.
Quando o individuo percebe suas potencialidades e sabe como usá-las e para que, não trai e quando é traído, sabe lidar com a situação de forma equilibrada, até por que o problema, é de quem trai, pois quando cometemos algo errado contra o outro, a autopunição, via sentimento de culpa, somatiza entrando em erupção cedo ou tarde.
Vivenciar os valores do amor produtivo é dar início a revolução intima, substituindo os atos equivocados por felicidade genuína.
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