A CADA UM CONFORME SUAS OBRAS

A CADA UM CONFORME SUAS OBRAS

Guardando as proporções espirituais da asserção optativa de cada um, pode-se usá-la no caso dos cuidados com a natureza, pois cada um tem dela aquilo que colhe com os cuidados que tem - ou não - com o meio ambiente. Se alguém planta os produtos de que necessita de que precisa para sua sobrevivência e deixa as ervas daninhas tomar conta da roça; se não toma os cuidados necessários para a limpeza da lavoura da qual espera colher os grãos necessários para sua alimentação e para os animais, pode ter uma amarga surpresa ao colhê-los. Da mesma forma acontece com os poluentes jogados na natureza. A lavoura, da qual o homem espera colher os frutos, pode ser a terra que ele planta, a indústria que produz ou a oficina que concerta. Há vários setores que carecem de cuidados especiais. O ar que respiramos, a água que bebemos ou a terra que plantamos, também necessitam desses cuidados, haja vista que uma coisa todos nós temos em comum – o meio-ambiente. Mas ele é diversamente utilizado por uns e por outros. Na agricultura os dejetos suínos, os leitos dos aviários (que poderiam produzir gás metano) e os agrotóxicos – as embalagens vazias, principalmente – que, sem os devidos cuidados, são deixados livres para que a água das chuvas leve esses poluentes para o leito dos rios e riachos, matando a fauna aquática e a própria água; a falta de cuidados com as matas ciliares e o desmatamento indiscriminado; a queima dos roçados (que queima inclusive o pouco húmus ainda existente na terra); tudo isso somado ou individualmente, são inconvenientes que judiam do meio ambiente e acabam por diminuir a cada ano a capacidade de rendimento rural até o colapso total. E, quem foi o culpado? ... o próprio agricultor que não tomou os devidos cuidados enquanto ainda era tempo; o empresário ganancioso que não filtrou os gases da sua indústria e os demais que praticam ações contrárias às leis da natureza.

Da mesma forma tem nas grandes e nas pequenas cidades, bem como nas vilas, a falta de cuidados com o lixo produzido diariamente. E isso não é “privilégio” somente de Santa Catarina. De norte a sul; de leste a oeste em torno do Planeta Terra – grandes e pequenos – não tomam cuidado com esta tão necessária bolinha de terra, que tem sua aura própria dentro do infinito espaço – a atmosfera. Assim como as pequenas indústrias, também as mega indústrias mandam para o espaço (e sobem até perfurarem as camadas de gás ozônio da estratosfera) os gazes e metais pesados não filtrados, como mandam os acordos internacionais. Pena é que os organismos internacionais têm leis específicas que, na maioria dos casos, não são cumpridas porque as grandes fortunas se concentram em mãos erradas, mãos que correm na contra-mão dos compromissos assumidos pela maioria das nações.

A continuar assim, se não forem tomadas providências severas e não forem filtrados nas fontes de sua emissão, os poluentes e os metais pesados que enviam ao espaço abrindo buracos e mais buracos na camada de ozônio, as gerações terão mais raios ultravioleta que gás protetor incidindo sobre o planeta e o efeito estufa produzirá o aquecimento global, como já está acontecendo. As calotas polares degelam; a terra não produzirá vegetais; a fauna e a flora, toda a forma viva) morrerão sem a água potável e os mares vão tomar conta das terras baixas; a humanidade será exterminada, e... o caos se instalará no nosso querido e útil Planeta Terra. O homem tem que escolher porque todos terão o pagamento conforme suas obras.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 01/12/2009
Reeditado em 01/12/2009
Código do texto: T1953914
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