O vendedor de laranjas...
O vendedor de laranjas
Não estar se apegando aos boatos, falas e comentários, talvez sem a menor consistência são também ferramentas do bom empresário. Tem aquela frase que diz "Para franzir a testa há de movimentar 72 músculos e, para sorrir, apenas 16, quando digo da importância da alegria e bom ânimo no meio comercial. Falavam que o mundo iria acabar na frase "2000 não passará". Por enquanto foi por água abaixo e estamos todos seguindo o barco da vida dentro das aspirações dos nossos sonhos. E a esperança, a perseverança, a alegria e a felicidade são nossas companheiras. Dentro deste espírito, passo ao leitor a história do vendedor de laranjas que, lamentavelmente, deixou se influenciar sobre os boatos do próprio filho cheio de tecnologia empresarial, porém sem prática:
Um homem vendia laranjas no meio de uma estrada. Era analfabeto, de modo que nunca lia jornais. Colocava pelo caminho alguns cartazes e passava o dia apregoando a doçura de suas laranjas.
Todos compravam e o homem progrediu. Com o dinheiro, colocou mais cartazes e passou a vender outras frutas. O negócio ia de vento em popa quando um belo dia, seu filho, que era culto e havia estudado numa grande cidade, o procurou:
“Papai, você não sabe que os tempos estão difíceis?” - disse o filho. “A economia do país anda péssima!”
Preocupado, o homem reduziu o número de cartazes e diminuiu as encomendas de frutas. As vendas despencaram imediatamente.
“Meu filho tem razão”, pensou ele. “Os tempos estão difíceis”.
José Pedroso