TWITTER 2 SAMPA

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Hoje choveu a cântaros em Sampa. Relâmpagos e trovões entremearam a chuva forte que provocou medo e atormentou o trânsito já caótico.

São Paulo não intercedeu com seu colega Pedro, no sentido de fechar as portas do céu e diminuir as torrentes inundadoras.

Tranco-me em casa para que amanhã, talvez, possa ir bater pernas pelas ruas neste período de natal. A 25 de março deve estar um inferno de gente misturada com camelô, com carros, carroças, bicicletas e todo tipo de comércio ambulante, meio feira de Caruaru.

Banco-me em mim, por mim e pra mim. Espero que o Mercado Público Municipal me resguarde dos meus jejuns, dos sanduiches de mortadela, de bacalhau. De gente também, posto que é isto que mais se encontra nestes tempos de compras de natal.

Sampa é cheia de mistérios, talvez encalacrados na sua grandiosidade pela marca registrada da Ipiranga com São João, do Edifício Copan. O vale do Anhangabaú tem rima. Pobre rima para contrastar com a sisudez desta cidade séria, recatada, enquanto é dia. Porque nos lençóis da noite ela vira transformista em seu estilo mais genérico e fiel às lógicas antológicas de si mesma.

Terra da garoa. Do viaduto Santa Ifigênia imortalizado por Adoniran. Do aloprado político que rouba, mas faz. Terra de todos e de ninguém, dos nordestinos, mais destinos do que NOR; mais desatinos do que tinos, posto que atônitos e com pressa, sempre se vão à rotina de cada dia em busca do pão.