O Destino e o Acaso
O que rege nossas vidas, em verdade, apesar de ser algo já bastante debatido não encontrou ainda corrente majoritária. As correntes dessa discussão nomeiam-se acaso e destino.
Acerca do acaso pode-se entender que trata da política do livre arbítrio, ou seja, tudo que ocorre em nossas vidas é conseqüência de alguma atitude nossa passada, é em razão de nossas escolhas, é também ação e reação, causa e conseqüência. Do ponto de vista do acaso o bem e o mal não são características inatas do homem, mas adquiridas, construídas por este durante a vida, sendo frutos das suas escolhas, não havendo uma interferência divina no decorrer do tempo. A participação divina, entenda-se aqui também o big bang como fonte de criação, no acaso tem de ter sido, no máximo ou somente, no ato da criação, da projeção do mundo.
Já pela vertente do destino o acaso não pode ser cogitado, posto que para que haja aquele não se pode falar em abandono do divino, de uma força maior que além de ter criado, projetado o mundo, no mínimo, após a criação, escreveu como em um diário ou bloco de anotações todo o futuro; e, no máximo, participa ativamente do presente escrevendo e movendo incessantemente o porvir. Vale ressaltar que o argumento a favor do destino nos leva à categoria de fantoches nas nossas próprias vidas.
Expostas as teorias pode-se claramente identificar a descendência e dependência religiosa do destino, enquanto o acaso assume um papel quase totalmente independente de algo maior, mas absoluta e fatalmente dependente de nós mesmos.