O ciclo relacional da gestação!

O ciclo relacional da gestação

Na última semana apontei o cuidado egocêntrico como condição essencial para a futura mamãe levar adiante a gravidez em condições de sanidade e habilitada a vivenciar o ciclo relacional da gestação, este sim, contextualizado no meio ambiente.

A mãe fica grávida junto com a sociedade.

Bem próximo dela está o companheiro, amante compreensível, tolerante com suas possíveis dúvidas e crises existenciais em função de alterações hormonais, a estética do corpo.

A família ampara e se torna co-participante do crescer da barriga, ajudando na confecção do enxoval, palpitando em nomes, padrinhos, madrinhas, ajudando à mamãe construir sonhos para a futura criança.

A vizinhança fica atenta aos pormenores, os detalhes da longa espera.

Lá no trabalho, colegas desvelam em cuidados, paparicam a futura mamãe, prescrevendo dietas, simpatias para o sexo, cabelos, prognosticando delícias maternais.

O pré-natal, as visitas ao médico, zeloso, vigilante ao trabalho da natureza, desejoso de não precisar intervir no processo biológico da criação.

Mas ... o ambiente pode não ser receptivo à gravidez. Ela pode ter sido indesejada, inoportuna; pode acontecer do pai estar ausente, não reconhecer o vínculo paterno; a família desamparar, expulsar, a vizinhança discriminar.

A futura mãe pode não ter condição de fazer o pré-natal, seja por que motivo for. Aí voltamos à idéia inicial, a segurança quase ilimitada do útero materno e aquilo tudo que só depende da mamãe, cuidar de si incondicionalmente, egocentricamente e, por tabela do próprio bebe...

Sem estresse.!

João dos Santos Leite

Psicólogo

Joao dos Santos Leite
Enviado por Joao dos Santos Leite em 24/11/2009
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