AÉCIO NEVES: Uma grande palhaçada?
Blog de 22.11.2009
AÉCIO NEVES: Uma grande palhaçada?
Nesse namoro tergiverso de Ciro Gomes (PSB-SP) com o Dr. Aécio Neves (PSDB-MG), quer nos parecer que o governador de Minas Gerais está sendo, mesmo sem querer, um palhaço nas mãos do incompetente, porém esperto deputado, ao qual jura haver amizade pra toda vida.
A postura do doutor Aécio, e só quem não a enxerga é o seu partido, seus líderes, é totalmente contrária aos anseios de quem deseja, a todo custo, retomar as rédeas do governo brasileiro. Está o inexperiente governador mineiro a afrontar seu partido, sua sigla, como que ameaçando ir a uma disputa interna para ganhar, de qualquer maneira, o direito de competir com a candidata do governo, que até esta data ainda é a doutora Dilma Rousseff, sua amiga, por sinal. O blog ainda acha que vai haver mudanças.
Dizer que não sairá candidato se Aécio o for, aqui pra nós, é mera atitude de quem não tem nem cacife e nem apoio para tentar alcançar a presidência da República, ou mesmo de quem quer trair sua própria consciência, e ainda desejar ajudar ao governo que lhe garante o pão de cada dia. Funciona como uma ameaça, como que se ele, Ciro, tivesse votos suficientes para sequer ameaçar as candidaturas do governador Serra e da ministra apelidada mãe do PAC, a mesma sigla por onde caminhou o criminoso Battisti épocas atrás, na Itália.
Em minha opinião ele está contando com o prestígio de alguém da Rede Globo, líder de audiência, mas que apenas pertence ao quadro funcional da emissora, não tem tanto prestígio para fazer quem quer que seja galgar o mais alto cargo desta república; mas sonhar com o impossível é problema de cada um; no máximo para ele uma vaga na Câmara dos Deputados ou mesmo no Senado, mas pela amizade que detém no governo poderá retomar o cargo de governador cearense.
Por outro lado, bom que se diga que o Aécio não anda com essa bola toda. Aliás, conhecido do povo se tornara em face da morte da velha “raposa”, o excepcional Tancredo Neves, seu avô, e na esteira dele conseguiu chegar a governador de seu Estado. No Brasil os votos são transferidos de e para familiares, como se fossem uma herança ou mesmo uma monarquia.
Certo que Minas seja o segundo maior colégio eleitoral do país com mais de treze milhões de eleitores, portanto tem expressiva força para proporcionar ajuda a eleger, em coligação ou não, o candidato que for escolhido para ocupar a mais alta magistratura da nação.
Entretanto, que me perdoem os comandantes do PSDB, o governador Aécio está pregando assim como uma espécie de “racha”, ou seja, fazendo o jogo inteligente do governo, com o fito de dividir o que já não está muito agregado, que é a própria legenda; aliás, numa entrevista realizada há poucos dias o presidente do partido, senador Sérgio Guerra, entendi que chegou a dizer que o Aécio seria mais simpático, mais palatável, mais aberto do que o governador Serra, virtual candidato mais uma vez a uma derrota acachapante. Enquanto o PT lança seu pretendente, os tucanos não estão nem aí, não sabem o rumo que tomar, e não se ganha eleições “a toque de caixa”.
Por oportuno, o senador Guerra, um bom quadro do PSDB, está na iminência de perder o seu cargo, pois a disputa em Pernambuco está muito acirrada; dois terão seus mandatos expirados no próximo ano, o doutor Marco Maciel (DEM) e ele próprio. A única salvação de um deles é a arriscada candidatura do senador Jarbas Vasconcelos ao governo do Estado...fora disso vai dar PT e aliados na cabeça. O ex-secretário de Estado João Paulo (PT-PE) e o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Dr. Armando Monteiro (PTB-PE), cuja entidade está nadando em dinheiro com a recente recuperação da economia nacional, certamente serão eleitos.
Interessante é que sua excelência, Aécio Neves, se anima, fica à vontade e se acha no direito de sujar o “barato” dos que até agora pensam e estão certos de que fora do Serra não existe outra solução. Arrisco a dizer que o Fernando Henrique Cardoso, que governou oito anos, ainda é o melhor candidato das oposições ao pleito de 2010, até porque o PT e os partidos de apoio o respeitam muito, sabem que ele é preparado, e copiaram na ponta da língua tudo o que ele fizera, isto é deram respaldo até mesmo a procedimentos antes criticados, como por exemplo, às privatizações.
Bom que se diga que o FHC deveria ter sido candidato no lugar do Geraldo Alckmin, nas últimas eleições, mesmo porque este ainda estava verde para enfrentar verdadeira arapuca dos promotores da campanha do PT, e tanto é assim que fora amplamente derrotado nos debates realizados pelas emissoras de TV. Levou um nó tático de Lula e de seus comparsas, perdeu a vez. Ninguém pode brincar com o marqueteiro Duda Mendonça, esteja abertamente ou não à frente das promoções.
Tenho em mim que o PSDB já deveria ter expulsado o doutor Aécio de suas fileiras, porque ajudar o partido ele não o fará de maneira alguma... muito mais fácil será fazer acordos com o PT para se eleger senador e também o governador, seu sucessor. Poderia até mesmo ter migrado para um partido nanico, como o Fernando Collor, e aí suas chances melhorariam.
Mas retornando com o assunto Ciro. Esse aproveitador de situações, que está sempre do lado do governo, se escorando e ganhando cargos ou comissões, representações e coisas que o valham, em retribuição a sua conduta de sujeito amigável, obediente e contrário aos superiores interesses da nação, não reúne condições para querer, sequer, ser candidato à presidência, salvo o direito de ser brasileiro. Não foi um bom Ministro da Fazenda.
O espírito de Tancredo é muito forte. Sustenta muita gente, vereadores, deputados estaduais, federais e ainda poderá ajudar em outros cargos de maior nomeada. Claro que rendemos homenagens a esse que fora grande político, mas sua alma não pode ficar por aqui vagando e querer colocar pessoas ainda sem experiência para comandar os destinos da pátria. Na verdade, o doutor Aécio Neves poderia fazer um teste na Globo e participar da novela das oito.
Vejam o caso do Brito, aquele jornalista a quem eram confiadas todas as mensagens dos médicos que cuidavam do Tancredo no hospital. Não demorou muito, logo fora alçado ao governo do Rio Grande do Sul, sem qualquer mérito a não ser a faculdade e o monopólio de ler os relatórios médicos do paciente...o povo brasileiro é deveras religioso e tem muita pena de demagogos e sofredores de araque.
O meu voto pode ser considerado “de qualidade”, porquanto votarei se o quiser, estou isento da obrigatoriedade de fazê-lo. Políticos sem vergonha jamais contaram e contarão com o meu sufrágio. Esse é o procedimento correto, vamos dar um chega a bastardos, espúrios, ladrões e gastadores do dinheiro público, assaltantes em plena luz do dia, estelionatários eleitorais da consciência do povo, sujeitos que prometem como sem falta e faltam como sem dúvida.
Bom, agora vamos publicar, mais ou menos, o perfil dos eleitores brasileiros nas eleições de 2006, aquelas que levaram o Lula a mais um mandato: Dos 126 milhões de eleitores aptos à votação, pasmem, 8,2 milhões se declararam analfabetos; 43,7 milhões apenas concluíram o primeiro grau, aí embutido o “bolsa-família”, esse famigerado programa do FHC que o PT tomou a paternidade e dele faz o que quiser e se elegerá indefinidamente por toda a vida. Será que existem votos comprados? O TSE que decida...
Um abraço, em revisão.
Fonte: TV-SENADO, GOOGLE, memória