Era o dia dedicado a Familia, uma inovação criada pela direção do "Coopeduc", mas na verdade o show foi mesmo a despedida do 3o ano. Sinceramente naquele instante eu retrocedi no tempo em busca de minhas lembranças no velho Educandário São José, onde com certeza a Diretora Diana de Araújo Costa teve todo o seu aprendizado para o exercício de suas funções; óbvio que para o êxito de sua carreira, contou com uma competente equipe, desde a Profa. Vanuzia a Profa Ena Rocha, que ao seu lado trabalha na administração da cooperativa educacional e esta é a prova, de quem quando "eles" não fazem, não nos basta criticar, mas arregaçar as mangas e ir a luta. Ena Rocha está no mural das professoras queridas, por onde quer que passe este lugar é conquistado pela competência, pela compreensão e dedicação exclusiva a profissão exercida com amor. A equipe do CoopeDuque está de parabéns pelos próximos dez anos.
Perdeu quem não compareceu ao Dia da Família, promovido pela direção da escola Cooperativa, que encarou construir sua própria história, no contexto da cidade, quando se dispôs ao desafio, desde o primeiro instante de sua criação. O antigo da escola, proprietário Prof. Iran, de Santa Maria da Vitória, resolvera fechar o estabelecimento, para investir na instituição por ele criara em naquela cidade e aí começa o grande desafio, endossado pelo Prof. Piau, Irvana, Diana, Ena e todo corpo docente de professores, que fizeram a proposta de compra ao professor Iran; a ele também nossa menção de honra, por acreditar em seus ex-funcionários e possibilitar que o estabelecimento não fosse fechado; se tal tivesse ocorrido, quantos espetáculos deste naipe teríamos perdidos. Os professores se unem e formam uma cooperativa e assumem a instituição que passa ser conhecido popularmente, como "Coopeduc" (Cooperativa Duque de Caxias).
No dia 7 de novembro pude ter a honra de assistir a comemoração do Dia da Família, que substituiu no calendário daquela escola o dia dos Pais e das Mães, unificando as datas em uma só dia comemorativo e a esta junção chamou Dia da Família, que segundo informações, vem sendo adotado por outras escolas da cidade.
Alunos de todas as faixas etárias subiram ao palco, cantaram, dançaram, recitaram poemas (pena que faltou os autores locais) e quando todos nós pensávamos que o show estava terminando, entra em cena a turma do 3o ano.
O representante da turma emocionado lia no palco um texto em que revivia os três anos de convívio, era um momento de despedida e de prestação de contas aos país presentes em massa, no grande cenário montado a frente da escola. Professores embargavam suas vozes, Profa. Ena emocionou o público com seu bandolim elétrico, acompanhado por Vavá; Zélia de Dona Vandinha, tinha que ser filha da lendária Dona Vanda, cantou em vários momentos e a festa foi ao apso com as participações da turma do 3o. ano; eles roubaram todas as cenas do dia dedicado família, as estrelas brilharam além da parede onde foram fixadas em fotos representativas de cada aluno... As estrelas estavam aptas ao céu, não somente ao céu de Correntina, mas do infinito azul.
O clima de emoção tomou todos os presentes e pais, alunos, professores, parentes, todos emocionados no grande momento, quando protestos inteligentes, patrióticos, denunciavam ali o bem estar social, o resultado do capital investido em recursos humanos.
Vendo todo aquele espetáculo de emoções, pude imaginar, hoje o mal exemplo testemunhado nas escolas da Capital, Brasília, recentemente manchetes de noticias, pelas brigas de gangs, espancamentos de professores, consumo de drogas, depredações... enquanto numa distante cidade do oeste baiano, diante de mim, eu assistir cenas explicitas de que, graças a sonhos de abnegados professores, a esperança ainda não morreu, graças ao empenho daqueles que aprenderam com o passado, como plantar para colher um futuro próspero.
Enquanto isso, a ERA da banalidade continua fazendo adeptos, mas não no "Coopeduc" onde a onda pocotó, pocotó... não encontra adesões.
Parabéns professores, alunos e país pelo exemplo assistido e pela esperança renascida em cada um dos formandos do 3o. ano de 2009 e de todos os outros anos; sementes selecionadas num celeiro saudável, erguido no antigo canteiro da barragem de Correntina.