"CASO MÉDICO - OUTRA VEZ"
UAI – Unidade de Atendimento Integrado – Pronto atendimento. Foi lá que levei meu filho com o pé inchado e com suspeita de fratura. (Tudo a contenda, quando lá cheguei, dia 15/11/2009 por volta das 05h30min horas da manha, na porta de entrada havia um porteiro e uma enfermeira [suposição minha], pois nenhum deles usava identificação – os famosos crachás). Meu garoto desceu com dificuldades e mancando, alguém o ajudou? Claro que não, o papo dos dois profissionais era mais interessante que suas profissões, ora essa, um reles garoto com pé quebrado, nada a ver com eles. Enquanto meu filho se arrastava para a entrada eu fui colocar o carro no estacionamento.
Voltando a entrada do UAI - Roosevelt, vi que havia uma pessoa esparramada na cadeira com uma bengala de lado, meu filho já estava sentado numa cadeira à esquerda da entrada ao lado de duas portas com placas traumato. Ah!... O suposto porteiro e a suposta enfermeira entraram para o interior do prédio. Nem um bom-dia ao menos (sabe esse pessoal é muito bem instruído), fechou a porta de correr sem ao menos olhar para trás.
O tempo passa... Passa... Passa!... Eu na minha humilde ignorância pergunto a mim mesmo: Será que o tempo de uma pessoa que está sentindo dores é o mesmo de uma pessoa profissional que é pago para aliviar sua dor (- excelentíssimo senhor médico)? Não nos esqueçamos que estava em um pronto atendimento uai!...
Notei também que as instalações eram propícias aos sofrimentos do paciente, um longo corredor á direita, com duras cadeiras laterais de um lado e portas do outro, nenhum relógio, afinal para que lembrar o que o médico do ““ pronto atendimento “” estava fazendo a essa hora da manhã, e para que ficar lembrando os minutos intermináveis da minha dor agonizante?... Lembrei-me de outra coisa: Eles sempre estão fazendo greve por melhores salários, e melhores condições de trabalho, pedindo nosso apóio, será que são mesmo merecedores?...
Bem vamos lá, após 40 minutos, fui até o guichê, onde o suposto porteiro estava sentado em frente ao PC, fazendo o quê, vai lá saber uai?... O fato é que ele não me deu a mínima atenção, só depois que bati no balcão com força e falei alto – Será que alguém pode me atender?... O cidadão de uniforme levantou da cadeira resmungando e uma menina, sem uniforme, sem crachá, (aquilo que as pessoas usam para se identificar e nos sabermos que ela está de serviço, sua função e seu nome) me atendeu, disse que o médico Dr. Juliano. (Não posso afirmar se é esse mesmo o nome, pois nem sei se as pessoas que lá estavam eram mesmo funcionários) já vinha atender.
Enquanto isto ouço comentários vindos da porta de entrada do corredor do lado de dentro da recepção (Esse povinho, acha que funcionários do UAI tem que agüentar tudo) não sei identificar quem disse isso, pois a porta de blindex é porosa e não dá para ver o interior, tudo muito bem arrumado, para nossa tortura, como se pode notar.
Concluindo: após 40 minutos, sem noticias do médico, sem a mínima atenção do ““ Pronto atendimento “”, e meu filho sentindo muitas dores, peguei meu garoto - paciente do Pronto Atendimento a mais de 40 minutos, sem a nemor atenção - e fomos para outro lugar, outro lugar onde supostamente encontrávamos um Pronto Atendimento adequado, com profissionais preparados, instalações idém e principalmente, respeito pelo ser humano que necessita de ajuda para aliviar sua dor física porque a dor moral, essa jamais cura depois de um fato deste.
Mas fica ai um alerta. “UAI – Unidade de Atendimento Integrado – Pronto Atendimento, deveria funcionar como imaginamos: com atendimento mais rápido possível, afinal, nós o ““ povinho “” e que pagamos os salários de todos esses funcionários que de uma forma ou de outra fazem parte deste ““ povinho “”, ou será que eles ganham tão bem assim que podem pagar um convênio médico de primeiro mundo? Não... não ganham, do contrário não fariam greves por melhorias. Quando isso acontecer e eu notar suas faixas pedindo apóio, eu vou me lembrar do apóio que tive deles quando eu precisei, mesmo pagando meus impostos de onde vêem seus vencimentos.
Só mais uma dúvida: o crachá não é uma obrigatoriedade para os funcionários públicos, para que possamos identificá-los, e sabermos se estão mesmo trabalhando naquele local, hora e função?...