EROS E ERROS
Onde está o limite entre o erótico e o pornográfico? Que o digam a mente de quem o pensa e os olhos de quem o vê. No poema Considerações digo que não sou exótico nem erótico. Não tenho classificação. Escrevo o momento. Os romances de Jorge Amado estão repletos de “palavrões” dos mais grotescos. E o público leitor se esbalda em orgasmos literários. Esse mesmo público vai ao teatro, paga de 80 a 160 reais para dar gargalhadas ao ouvir também “palavrões” escabrosos, muitos dos quais nem no baixo meretrício se ouve. Platéia considerada “elitizada", atores renomados, atrizes consideradas “ damas”, “divas” do teatro. O cinema brasileiro é o que é. E as novelas estão aí escrachando tudo para “combater o preconceito.”
A música, especialmente aquela que carrega a grife MPB, vez por outra se trai, cede aos apelos do “brega” que, se regravado por um Caetano Veloso, emerge para classe “a”.
Pensei postar aqui um soneto do Manuel Bandeira, A CÓPULA, que, mesmo sendo de quem é, eu pagaria o preço por tal “agressão”. Os interessados podem lê-lo até mesmo no Google.
Que palavrão agride o idioma, fere os tímpanos, choca a alma? Aquele que vulgarmente denomina o órgão sexual masculino?
Palavrões também se lê neste Recanto das Letras, quando as hemorragias verbais ortográfica e sintaticamente agridem a língua portuguesa. Não é um caso de Eros e sim de erros, mas com efeitos iguais. E mesmo assim há controvérsia, pois como disse Mário Quintana, "Se alguém disser que está escrevendo bem, desconfie: o crime perfeito não deixa vestígio."
-*-
PS. Não defendo o palavrão. Não uso dessa linguagem nem mesmo nas minhas conversas informais. Não por achar feio, errado ou algo mais. Mas por uma questão de hábito. Não pretendo criar debate, muito menos polêmica. Meu foco é outro.
Onde está o limite entre o erótico e o pornográfico? Que o digam a mente de quem o pensa e os olhos de quem o vê. No poema Considerações digo que não sou exótico nem erótico. Não tenho classificação. Escrevo o momento. Os romances de Jorge Amado estão repletos de “palavrões” dos mais grotescos. E o público leitor se esbalda em orgasmos literários. Esse mesmo público vai ao teatro, paga de 80 a 160 reais para dar gargalhadas ao ouvir também “palavrões” escabrosos, muitos dos quais nem no baixo meretrício se ouve. Platéia considerada “elitizada", atores renomados, atrizes consideradas “ damas”, “divas” do teatro. O cinema brasileiro é o que é. E as novelas estão aí escrachando tudo para “combater o preconceito.”
A música, especialmente aquela que carrega a grife MPB, vez por outra se trai, cede aos apelos do “brega” que, se regravado por um Caetano Veloso, emerge para classe “a”.
Pensei postar aqui um soneto do Manuel Bandeira, A CÓPULA, que, mesmo sendo de quem é, eu pagaria o preço por tal “agressão”. Os interessados podem lê-lo até mesmo no Google.
Que palavrão agride o idioma, fere os tímpanos, choca a alma? Aquele que vulgarmente denomina o órgão sexual masculino?
Palavrões também se lê neste Recanto das Letras, quando as hemorragias verbais ortográfica e sintaticamente agridem a língua portuguesa. Não é um caso de Eros e sim de erros, mas com efeitos iguais. E mesmo assim há controvérsia, pois como disse Mário Quintana, "Se alguém disser que está escrevendo bem, desconfie: o crime perfeito não deixa vestígio."
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PS. Não defendo o palavrão. Não uso dessa linguagem nem mesmo nas minhas conversas informais. Não por achar feio, errado ou algo mais. Mas por uma questão de hábito. Não pretendo criar debate, muito menos polêmica. Meu foco é outro.