A realidade da educação no Brasil
Dispõe o artigo 205, de nossa Constituição Federal que: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mercado.”
Como pode se notar com uma simples leitura do dispositivo acima, a educação é à base de sustentação de uma sociedade mais justa, segura e igualitária.
A educação é um direito constitucional de todos e se constitui como um dever da família e do governo promover meios para tanto, conforme dispõe o art. 22, do Estatuto da Criança e do Adolescente.
É justamente através da educação que conseguimos fazer as mudanças necessárias para a melhoria de nosso país; tanto é fundamental que o governo criou vários programas voltados para a melhoria da educação como o Pró-Uni e, agora, a adoção da prova do ENEM ao invés dos tradicionais vestibulares nas universidades federais; ou então, o Programa Bolsa Família, o qual garante o incentivo econômico para as famílias de baixa renda, manterem seus filhos matriculados e freqüentando as escolas.
Sabemos que, atualmente, uma boa parte da população sofre com as conseqüências do desemprego, mas se formos olhar atentamente para o mercado de trabalho, notar-se-á, que existem muitas vagas a serem preenchidas, entretanto, o que faltam são profissionais qualificados para ocupá-las; contudo, como fazer para se preparar e obter uma qualificação se devido a questões financeiras, várias crianças e adolescentes são obrigadas a abandonarem seus estudos para a complementação da renda familiar?
Infelizmente essa é uma triste, mas real situação, encontrada principalmente nas cidades menos desenvolvidas de nosso país, em que as crianças desde a tenra idade se vêem cerceadas no seu direito de educação, uma vez que acompanham seus pais no pesado labor, por não terem alternativas que lhe garantam a sobrevivência.
Por outro lado, quando se consegue a garantia desse direito, em muitas escolas, o que se encontra é a má preparação dos professores, quando também não encontram também a violência, como os vários exemplos que temos acompanhado nos noticiários, em que alunas bonitas e estudiosas são agredidas e impedidas de freqüentarem às aulas, ou então, casos como o do rapaz que foi esfaqueado dentro da sala de aula, por um outro colega ter sentado no seu lugar de costume.
Se queremos ver o nosso Brasil em expansão e em crescimento, com a diminuição da desigualdade social e da violência, é necessário que aconteça uma revolução na Educação para que, as crianças e adolescentes que hoje se encontram pelas ruas, vendendo balas e doces em sinaleiros, ou pior, estão escondidos nos submundos das cidades envolvidos no mundo da criminalidade, tenham um incentivo para largarem essa ilusória “vida fácil” e ocupem o seu tempo com a leitura e a aprendizagem.
Em geral, a educação e, principalmente o hábito da leitura, devem ser mais incentivados e valorizados tanto por parte dos órgãos governamentais, como pelas famílias; e mesmo pelas próprias instituições educacionais, uma vez que um país é feito com homens e livros, como foi ressaltado pelo magnífico escritor brasileiro Monteiro Lobato, porque um país sem homens, sem livros e sem educação de qualidade, não é um país, e sim um grande abismo cultural.