A Educação à Distância como instrumento para subsidiar formadores de opiniões

O ensino é uma ferramenta para o desenvolvimento político, econômico, social e cultural no mundo, devido a sua importante função primária de estabelecer e expandir as informações inerentes ao conhecimento. Com o grande avanço continuado do mercado de trabalho, a necessidade de destacar-se nele e no mundo globalizado tornou-se ainda mais evidente. Por isso, o ensino merece atenção no que diz respeito à comunicação docente/discente, onde os conhecimentos do passado, presente e futuro, devem ser transmitidos para que ambos estejam capacitados.

As Instituições de Ensino possuem um ambiente adequado para a construção do conhecimento, fazendo com que, tornemos dependentes de criações, inovações, renovações e críticas, para atingir uma competência significativa.

Com o intuito de se adequar ao crescente desenvolvimento educacional do mundo, o Brasil tem buscado juntamente a países com educação “modelo”, modernização e acessibilidade a todos, para diminuir, além do analfabetismo, outros problemas educacionais que aprimorem o conhecimento dos brasileiros.

Sabendo-se que a pesquisa é um convite à formulação de opiniões e críticas aos docentes e/ou discentes ativos e preocupados em somar positivamente na proliferação de conhecimentos do ensinamento e do aprendizado, procura-se abordar sobre o ensino na modalidade a distância como fonte de conhecimento na atual conjuntura educacional.

Perdendo apenas para a Suécia, Inglaterra, Rússia, Alemanha e USA, o Brasil é considerado o sexto país a desenvolver atividades e a criar instituições de EaD.

No País, somente em 20 de dezembro de 1996, foi promulgada pelo Congresso Nacional Brasileiro a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96, atribuindo possibilidades da educação à distância como modalidade de ensino e ampliando o acesso dos brasileiros ao ensino superior e a especialização. Cinco anos depois, a Portaria nº. 2253/2001 abre espaço para da EAD no Brasil, proporcionando às instituições de ensino superior a inclusão de disciplinas no formato não-presencial em seus currículos, exigindo apenas que os exames finais fossem feitos de modo presencial, porém, exigia: metodologia adequada à modalidade na parte não presencial e autorização federal para implantação da mesma.

O Ministério da Educação – MEC, buscando atender a realidade, principalmente as regiões com mais deficiências educacionais como forma de inclusão social, criou a Universidade Aberta do Brasil – UAB através do Governo Federal e credenciou todas as universidades públicas nessa empreitada, com cerca de dez mil vagas.

O ensino a distância é um uma modalidade educacional diferente das demais modalidades comumente vividas por nós até meados no início do século passado. Além da mesma, o país dispõe de mais duas já conhecidas: a presencial; que são cursos regulares aplicados em sala de aula e a semi-presencial; parte presencial e parte a distância.

A educação a distância predispõe de professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, porém juntos através de tecnologias de comunicação, principalmente com a internet. Podendo até ter alguns momentos presenciais. Para suprir essa separação, o método incentiva outras tecnologias como o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes, através de avaliações postadas em fóruns, chats e e-mails, interligando alunos e professores ao conteúdo.

Com a evolução da sociedade, as tecnologias a cada dia tornam-se mais modernas quanto aos seus inventos e aperfeiçoamentos. As tecnologias da inteligência, por exemplo, foram criadas pelos homens para avançar no conhecimento e aprender mais através da linguagem oral, a escrita e a linguagem digital. Com a evolução computacional, o desejo de construir máquinas capazes de reproduzir a capacidade humana de pensar e agir tem assustado o homem. A EAD como Inteligência Artificial, é um avanço educacional que atualmente é praticado para facilitar a vida de pessoas com pouco tempo e/ou que procuram praticidade, proporcionando a elas oportunidade de inclusão social e melhor preparação para o mercado de trabalho.

Hoje, alguns estudiosos atribuem a “sociedade do conhecimento” como a mais recente era. No entanto, alguns acreditam que essa era sempre existiu. Desta forma, o que tem prevalecido atualmente são as informações repassadas pelos mais variados veículos de transmissões, tornando o homem sobrejulgado à chamada “sociedade da informação”.

A televisão, por exemplo, é um meio altamente influenciador na formação de opinião do cidadão. O filme intitulado “Muito além do jardim” versa sobre o paradoxo do ensino-aprendizagem retratando sobre um jardineiro que passa a vida cuidando do jardim e, além disso, apenas assiste televisão - TV e tudo o que aprendeu se resume a esse meio. No que diz respeito à educação a distância, esse filme, apesar de fictício, prova que, se o indivíduo através de sua instigante curiosidade busca aprender e através dessa única e simples tecnologia consegue, imagine com os atuais métodos tecnológicos disponíveis que vão muito mais além da televisão.

Nota-se o grande poder do conhecimento, que assola o país e exige melhores condições de aperfeiçoamento e dedicação aos estudos. Em outros filmes como “A guerra do fogo e 2001: uma odisséia no espaço”, por exemplo, retrata esse poder. No primeiro, quem detinha a tecnologia de fazer o fogo dominava e no segundo, o computador HAL 9000 assumia o controle e eliminava um a um os tripulantes. Sob essa ótica, o conhecimento é tão poderoso que parece ser o maior e mais atual ganho da humanidade.

Esse tipo de analogia é importante devido à importância que as pessoas atribuem aos meios de informação e comunicação. Os temas visualizados em filmes, novelas, documentários, jornais, entre outros, podem impregnar posicionamentos de forma abrupta no intelecto de quem os assiste, e estes, muitas vezes, os respeitam e os seguem religiosamente.

Porém, a pesquisa é um convite à formulação de opiniões e críticas aos docentes e/ou discentes ativos e preocupados em somar positivamente à educação na proliferação de conhecimentos do ensinamento e do aprendizado. Os meios supracitados seja a TV, ou até mesmo os meios mais modernos de aprendizagem aplicados na EAD, são muito bem aceitos e podem ser eficazes no processo ensino-aprendizagem, desde que as informações sejam absorvidas de forma crítica, para que o indivíduo torne-se um “formador de opinião”. Por isso, ler, assistir, opinar, discutir, rediscutir, mudar posicionamentos, questionar, criticar e produzir é que são importantes na aprendizagem a distância, não os meios de que essas informações são passadas. Ou seja, não depende unicamente dos ensejos que a mesma oferece e sim da consciência de cada aluno que enfrenta essa empreitada.

Desta forma, embora seja a mais moderna forma de educar atualmente, acredita-se que essa modalidade seja como um instrumento remediador para os grandes problemas e brechas educacionais presentes no nosso país, podendo abrir caminhos ainda mais promissores para o futuro no que diz respeito à educação.

Com base em todo esse contexto, constata-se que este segmento, ao longo dos anos, tem se desenvolvido e proliferado para subsidiar boas e eficientes práticas educacionais e, assim, enriquecer e melhor acessibilizar o ensino-aprendizagem do nosso país. Espera-se a continuidade dessa preocupação com a EAD, um dos melhores instrumentos para a inclusão social e para a melhoria quantitativa e qualitativa da educação, resulte em melhores políticas públicas que melhorem, modernizem, e oportunizem o acesso ao conhecimento.

Embora seja evidente a falta de pesquisas na área, espera-se que este artigo seja como um instrumento incentivador, resultando assim na necessidade de conhecer mais sobre essa promissora modalidade para o futuro educacional do nosso país.