LIDERANÇA CRISTÃ - ( IX ) - Evolução
PALAVRAS DE VIDA
Pr. Serafim Isidoro.
LIDERANÇA CRISTÃ
(IX - EVOLUÇÃO)
Há séculos tem-se estabelecido na Igreja uma liderança calcada na Velha Aliança, herança da Reforma de Martinho Lutero. Um mesclado de reinado, com o líder único e plenipotenciário, eleito por uma maioria que das Escrituras não possui senão um parco conhecimento. Em todas as areas tem-se observado evoluções, menos na area exegética, textual do cristianismo. Fixaram-se os enlatados, e pesquisas nesta disciplina não parecem ser necessárias. Entretanto, algumas denominações evangélicas pentecostais estão usando uma nova nomenclatura e um novo padrão de liderança no que tange ao presbiterato.
Evolução.
Passaram a entender que a liderança neo-testamentária da Igreja tem como figura central o Presbítero, o velho, o ancião, equivalente ao termo grego episcopos – Bispo. Considera-se então, tal cargo ou ofício, superior ao de Pastor. O Bispo é o superintendente, o vigia sobre os demais. Anos se passaram até que esta compreensão, ou interpretação teológica chegasse aos nossos dias e nos arrais evangélicos pentecostais. Outras Igrejas já o adotaram há muito em sua hierarquia eclesiastica.
“Nada se cria; nada seperde; tudo se transforma” – (Lavousier).
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” – (Jesus).
Evolução será sempre dependente de propostas. Uma das maravilhosas prerrogativas do ser humano é a liberdade de escolha. Taxado de herege, certo colega nosso retrucou: “O que é mais pernicioso: a heresia, ou o dogmatismo?” O dogma compele e não permite pesquisa consciente. Estabelece a estagnação cega e conveniente ao sempre estabelecido.
Num mundo de mutações, a Igreja define-se coluna e baluarte da verdade. A verdade é Jesus. A Verdade é o Mestre. Nós outros somos aprendizes e agora responsáveis pelo Seu serviço, pelo Seu povo e pela Sua glória: “Ide, fazei discípulos – mathêtês, aprendizes – de todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas as quais vos ordenei, e eis que estou convosco (verbo no presente) todos os dias até a consumação dos séculos”. – Mt. 28.19-20.
Evoluir demanda coragem, deterninação, constância; às vezes renúncia. Mas alguns o têm conseguido. Abrir mão de posições independentes, despóticas, e transformar um sistema convenientemente pessoal e confortável em troca de parcerias, não pareceria bom negócio. Mas há uma palavra que ainda não empregamos ao tratarmos deste tão importante assunto: Convicção. Quando convencido, o homem muda. Convicção se consegue no estudo e na pesquisa própria. Não vem de fora. É interior e pessoal.
Evolução.
Quanto ao título, cargo ou ofício Evangelista, o termo é encontrado no livro Atos dos Apóstolos, pela primeira vez no capítulo vinte e um e versículo oito, referindo-se a Filipe que houvera sido considerado cheio do Espírito Santo e de sabedoria, por isto eleito Diáconos – servidor – nos primórdios da Igreja em Jerusalém. Lucas escritor, companheiro de Paulo nas suas viagens, declara que entraram “na casa de Filipe, o Evangelista”. Tal fato se deu por volta do ano cinquenta e nove. Como haviam se passado aproximadamente vinte e poucos anos, é bem possível que a Igreja houvesse reconhecido ou consagrado Filipe à categoria de Evangelista, já que em Samaria ele operou como tal – At. 8.4-40.
Nestas passagens bíblicas, o Evangelista é visto como aquele que pregando o Cristo, Jesus, inicia uma igreja local no poder do Espírito Santo, pois que muitos milagres foram constatados em Samaria. Quando o encontraram, mais tarde em Cesaréia, Lucas escreve que ele tinha quatro filhas moças que profetizavam. O ministério de Evangelista cerca-se das atividades poderosas dos dons espirituais.
(continua)
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O Pr., Th. D., Honoris Teologia, D.D., Serafim Isidoro, oferece seus livros, apostilas e aulas do grego koinê: serafimprdr@ig.com.br