“XÔ APAGÃO”
“XÔ APAGÃO”
Welinton dos Santos é economista
Novamente o Brasil sofre o dilema da falta de energia em 18 Estados, atingindo mais 60 milhões de brasileiros. Nos últimos 10 anos é o 4º caso vivenciado.
Segundo informações preliminares houve um volume total de 16.000 raios descarregados nos Estados do Paraná e São Paulo, na região de Itaberaba foram quase 10.000 raios, que podem ter provocado à pane no sistema de transmissão da rede de energia que provocou um efeito em cascata e afetou 1/3 do volume de energia distribuído em todo o país.
Apesar de o sistema ser considerado um dos mais eficientes do mundo, necessita ser investigado se existem falhas no sistema de segurança da transmissão. Na cidade de São Paulo, 5.500 semáforos ficaram desligados, quando a energia retornou milhares de pessoas ficaram sem condução para retornar as suas residências, em virtude da parada do metrô e dos trens urbanos, o mesmo ocorreu no Rio de Janeiro.
O que chamou a atenção foi à falta de geradores em vários hospitais do Brasil, que demonstram falhas graves da gestão política de saúde. Transferências de pessoas das UTI’s e falta de energia para pronto atendimento de socorro é um fato que deixou marcas nos noticiários regionais em várias partes do Brasil.
Os municípios precisam ter planos de emergência para situações de apagão energético, porque, como o sistema é totalmente informatizado existe a possibilidade de invasão de crakers (é o termo usado para designar quem pratica a quebra ou cracking de um sistema de segurança, de forma ilegal), como todos os sistemas gerenciais de água também necessitam da rede elétrica, faz-se necessário pensar soluções emergenciais para o assunto, numa política estratégica de administração, em caso de comprometimento de fornecimento de energia por um período de tempo maior.
Buscar soluções alternativas de geração de energia como eólica (turbina eólica, cata-vento), solar (painel solar, célula fotovoltaica), biomassa (matéria de origem vegetal), energia hídrica, energia térmica (armazenamento de calor) e outros. Apesar da capacidade de energia está superior à necessidade do país no momento e contar com a reserva das usinas termoelétricas que está praticamente com 90% de suas unidades inativas, existe soluções alternativas econômicas que podem auxiliar os municípios.
Como pretendemos ser uma das economias com maior desenvolvimento econômico, necessitamos avaliar novas fontes de energia para manter o crescimento sustentável e ecologicamente correto, garantindo a qualidade de vida das futuras gerações, atendendo aos protocolos ambientais internacionais.
Na cidade de Paris, o governo adotou laços coerentes da razão do viver urbano, provocando a sociedade moderna a ser mais inovador e ter audácia ecológica, com incentivos, a realidade daquela cidade está mudando para sustentabilidade da vida. Nos prédios públicos foram instalados minieólicas para gerar energia, que pode ser uma solução para os Hospitais do Brasil, intercalando com energia solar de baixo custo, chuveiros com captadores de calor, dentre outros.