ANISTIADOS DO GOVERNO COLLOR DA RFFSA
No inicio da década de 90, vivemos um momento muito especial na luta dos ferroviários brasileiros, Milhares de valorosos ferroviários, dentre eles mecânicos, manobradores, maquinistas, artificies de via permanente, guarda-fios, agentes de estação, agentes de trem e administrativos mobilizavam-se e se organizavam para resistir ao processo insano de demissões coletivas e para tentar impedir a privatização da ferrovia.
O Governo "insano" de Collor, impulsionado por neo-nazistas e cabeças-ocas, promoveu um desmonte nas estatais, retirou estabilidade e demitiu milhares de ferroviários e grande numero de servidores concursados e que passaram por varios testes para seren admitidos na RFFSA.
O clima após as demissões coletivas e a pressão para despejar as familias dos ferroviários que residiam nos imóveis da ferrovia, criou um clima de terror que desestruturou e acabou destruindo a vida de milhares de trabalhadores da ferrovia e milhares de familias foram desmontadas e jogadas a rua, muitos trabalhadores esperavam para poucos meses ou anos a aposentadoria e acabaram sendo jogados a miséria sem direito a trabalho e sem o beneficio praticamente já adquirido devido as condições de risco do setor.
Uma nova luta era inciada, com um abaixo assinado elaborado na cidade de Corumbá-MS e através da primeira reitegração judicial dos demitidos do governo Collor, fatos que dariam impulso a luta pela Anistia dos Demitidos do governo Collor. As advogados Dr. Edson Martins, Gilberto Camilo Magaldi,O primeiro de Corumbá-MS e o segundo de Bauru-SP, ambos já falecidos e o jovem advogado Dr. Sandro Luis Fernandes que ainda advoga em Bauru-SP foram os responsaveis por esta primeira reitegração que daria suporte, sutentação e argumentação para a elaboração de dezenas de abaixo assinados e movimentos do Sindicato dos Ferroviarios em Corumbá e Campo Grande-MS para que mais o processo de anistia dos ferroviarios tivesse sucesso e fosse aprovado no governo Itamar Franco, os dirigentes sindicais de MS Valdemir Vieira e Manoel Vitório, elaboraram centenas de Cartas a parlamentares de Brasilia-DF e remeteram pedidos de solidariedade ao Papa João Paulo II, ao governo Americano, ao governo Russo, cubano e a dezenas de entidades nacionais e internacionais, além da elboração de varios panfletos, organização de protestos, entrevistas em radios, jornais e manifestações públicas que os levaram até mesmo a ocupar uma vaga na Câmara Federal em virtude da intensa mobilização e politização do debate.
em torno de 25 ferroviarios foram reitegrados em Corumbá-Ms, graças a sentença provisória do Juiz Dr. João Egmonte Lencio Lopes, com a transferencia do juiz para São Paulo a liminar caiu, mas mesmo assim varios trabalhadores foram recentemente anistiados e tiveram o seu emprego de volta, como é o caso do Edivaldo Benevides o "Caititu", André, Hamilton, pastor Adilson Rabelo que graças a Deus já estão trabalhando e reintegrados em órgãos federais...Demorou mas o resultado desta luta de milhares de Trabalhadores Ferroviários esta surtindo efeito positivo e esperamos que os outros colegas ferroviários e de outras categorias também tenham suas portarias pulbicadas...
A foto histórica dos ferroviarios na frente da antiga Junta do Trabalho de Corumbá-MS, ao lado do Dr. Gilberto Camilo Magaldi , foi de minha autoria com muito orgulho deste momento histórico e importante na vida dos trabalhadores injustiçados no governo Collor, pois varias alternativas foram apresentados para impedir a tragédia das demissões colloridas em 1990.