Projeto de comunicação para o Lar Escola Monteiro Lobato é premiado - Carolina Santana
O escritor Monteiro Lobato serviu de inspiração para o desenvolvimento das estratégias de comunicação. Fábio conta, por exemplo, que o projeto que propunha a reformulação do site da entidade levou o nome de “Sítio”.
Notícia publicada na edição de 05/11/2009 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno C.
As atividades físicas, como o futebol, fazem parte do aprendizado e do convívio no Monteiro Lobato. O projeto de uma agência de Relações Públicas, feito para o planejamento estratégico de comunicação do Lar Escola Monteiro Lobato, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), ganhou o segundo lugar no 27º Prêmio da Associação Brasileira de Relações Públicas. A premiação, que aconteceu no último dia 28, foi na categoria Projeto Experimental Terceiro Setor e os vencedores foram alunos da Universidade de Sorocaba (Uniso) que formularam o projeto para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Relações Públicas.
A defesa do TCC aconteceu em dezembro do ano passado e o grupo, formado por cinco universitários, teve a tarefa de montar uma agência de Relações Públicas e elaborar um projeto de comunicação.
A escolha do Lar Escola Monteiro Lobato, explica um dos integrantes da agência experimental, Fábio Mascarenhas, aconteceu por conta da receptividade que os então estudantes tiveram. Ele lembra que a decisão de fazer o projeto para o terceiro setor foi tomada logo no início. “Nós escolhemos cinco instituições em Sorocaba e tivemos mais acesso ao Monteiro Lobato”, comentou. O agora relações-públicas explica que a entidade abriu as portas para os estudantes fornecendo, inclusive, dados sobre o balanço financeiro. Fazem parte do projeto, além de Fábio Mascarenhas, Sandra Negrini, Cleverson Lima, Carlos Ferreira e Renata Forte.
Mascarenhas explica que o profissional de Relações Públicas deve cuidar do relacionamento de seu cliente com todos os públicos e, por isto, deve ter um bom conhecimento sobre estratégias de comunicação. Uma entidade que atua no terceiro setor precisa se relacionar com vários públicos como governo, empresários, além de funcionários e atendidos. Por isto, destaca Mascarenhas, foram elaborados alguns planos de comunicação e o desenvolvimento foi feito especificamente para cada público-alvo. “Nossa intenção foi ampliar as maneiras de arrecadar recursos para melhorar os serviços prestados”, detalha Mascarenhas.
Inspiração no escritor
O escritor Monteiro Lobato serviu de inspiração para o desenvolvimento das estratégias de comunicação. Fábio conta, por exemplo, que o projeto que propunha a reformulação do site da entidade levou o nome de “Sítio”. A nomenclatura, explica, além de ser a tradução da palavra usada para endereços eletrônicos, é uma menção à mais famosa obra do escritor do século 19, o Sítio do Pica-Pau Amarelo. “Propusemos para que na página da entidade tivesse um link onde as crianças, não só do Lar, pudessem interagir e conhecer a história do escritor”, comenta.
O mesmo aconteceu na escolha do nome para a proposta de um jornal externo onde o Lar Escola Monteiro Lobato poderia mostrar para a sociedade seus trabalhos. Este veículo de comunicação, em alusão ao primeiro jornal em que o escritor trabalhou na cidade de Pindamonhangaba, seria chamado de Minarete.
Cata-vento
A estratégia de comunicação passou também pela reformulação do logotipo da entidade. Mascarenhas explica que um cata-vento é usado como símbolo do Lar. “Nós mantivemos o cata-vento pois foram as crianças que desenvolveram, mas padronizamos as cores e reformulamos. Além disto, fizemos um estudo da simbologia do cata-vento que, assim como uma entidade social, precisa de um estímulo externo para poder se movimentar”, comentou.
O envolvimento com a entidade foi grande e a ideia de reformulação da estratégia de comunicação agradou a diretoria do Lar Escola Monteiro Lobato. O presidente da instituição, Marcos Augusto Rodrigues afirmou que diversas mudanças estão sendo articuladas para que as conclusões do projeto experimental sejam colocadas em práticas. “Esse trabalho nos abriu os olhos e estamos melhorando nossa imagem e nossa comunicação com a sociedade sorocabana. Precisamos disto, pois quem não é visto não é lembrado”, completa.