O poder de regeneração da aloe vera (Babosa)
O poder de regeneração da aloe vera (Babosa)
Já há alguns anos trabalho com produtos naturais, mantendo o antigo habito de sempre testar antes de apregoar as qualidades deste ou daquele produto que me chegue às mãos. Por volta de 2004 um amigo insistia comigo para que divulgasse as qualidades de um produto novo que a empresa estava lançando no mercado. Criei uma série de obstáculos para divulgar o tal produto, já que não dispunha de tanto tempo assim para trabalhar o dito cujo. Depois de muita insistência deste amigo, diretor da companhia fabricante do produto em questão, resolvi experimentar o produto e, só depois de experimentá-lo, faria a avaliação das propriedades do mesmo. Ali, desse jeito complicado, começava a se firmar a minha admiração pelas propriedades curativas do aloe vera, conhecida popularmente como babosa. Estava meio apagado na memória, mas me lembrava vagamente que a minha avó aplicava a planta nos cabelos de minhas irmãs e no dela própria, os quais ficavam fortes e brilhantes.
Recebi para avaliação, como consignação, uma caixa contendo doze garrafas de preparado de aloe vera, com um percentual de 95,8 % da planta e os restantes 4,2 % de suco de laranja. Geraldo, o amigo citado, fazia um espalhafato danado sobre o aloe vera; não acreditando e nem desacreditando, comecei a ingerir o suco da babosa, visto que vinha bem recomendado, até um livro havia sido publicado por um pesquisador alemão, a respeito da planta. Este pesquisador, de nome Michael Pauser, havia aplicado a babosa como tratamento complementar de um câncer em seu sogro, obtendo excelentes resultados com o mesmo. Tinha comigo uma gengivite crônica, patologia que já me havia levado alguns dentes, e com a qual já sofria há mais de 20 (vinte anos) sem nenhum resultado concreto, tendo inclusive perdido parte da gengiva na tentativa de minorar o problema. Na época em que recebi as garrafas de aloe vera, tinha um dos dentes frontais em processo acelerado de amolecimento, com o meu dentista me alertando que não haveria o que fazer em relação ao tal dente a não ser extraí-lo. Com o problema se agravando, adquiri a mania de sempre colocar o polegar e o indicador segurando o dente para conferir a firmeza do mesmo: era assustador ver como balançava o coitado. Quinze dias depois de estar tomando o preparado de aloe vera, sempre o fazendo pela manhã, fui, como de costume, ao espelho fazer a higiene de sempre e cumprir o ritual de balançar o dente condenado: para minha surpresa, verifiquei que ele, o dente, não mais balançava. Fiquei olhando, e sentindo, espantado o que acontecia com o meu ex-condenado dente. De início não atinei direito o que estava acontecendo, e só dias depois é que fui associar a cura do meu dente à ingestão do preparado de babosa.
Ninguém havia me dito que aquilo poderia acontecer, pois também não faziam a menor idéia do que o aloe vera poderia vir a fazer na maioria dos casos a ser tratados. Após esse evento comecei a estudar com mais atenção tudo o que dizia respeito às propriedades terapêuticas da planta, aconselhando, sempre que possível, para que as pessoas fizessem uso da mesma. Muito se fala da Babosa, principalmente suas propriedades de reconstrução celular, coisa muito fácil de se perceber na prática. Conversando um dia com uma dentista, minha cliente, ela me relatou como percebia a ação da babosa: colocando o sumo da planta em um ferimento observa-se como o organismo faz uso da babosa, utilizando-a de imediato no processo de cura, reconstruindo os tecidos danificados e acelerando o processo de cicatrização. Relatos a respeito da cura pelo uso da Babosa são inúmeros, (só para citar um exemplo histórico, as tropas de Alexandre, o Grande, rei de Macedônia, levavam folhas de babosa para curar ferimentos ocorridos em batalha ou não - a planta fazia parte do arsenal de seu exército.) no entanto, ainda me causa espanto a resistência que as pessoas denotam em fazer uso de uma substância de tão baixo custo, podendo ser usada “in natura” ou adquirida no mercado, já industrializada. Parece-me que, à medida que os anos avançam, vamos perdendo os nossos laços mais sagrados com os antigos ensinamentos de nossos avôs, que tratavam a maioria de nossas patologias com medicamentos naturais. Há casos em que, na medida da urgência caracterizada, tem de se fazer uso de medicamentos alopáticos, mas, sempre que possível, o ideal é buscar a prevenção através de uma alimentação saudável e hábitos de vida bem mais equilibrados, reduzindo assim as condições para que venhamos a ficar doentes. Quando for o caso de precisarmos de tratamento para algum desequilíbrio momentâneo, busquemos a solução menos agressiva para o nosso organismo. É assim que vejo a vida, e a Babosa, essa planta milagrosa, trouxe-me de volta aos momentos em que meus antepassados cuidavam de nossos vários males com a farmacopéia que tinham bem próximo de si - no mato mesmo.
Fica aqui o meu testemunho de admiração pela Babosa, para mim, pela sua miraculosa capacidade de regenerar tecidos vivos, ela é a rainha de todas as plantas.
Ave Babosa! Longa vida para ti.
Vale do Paraíba, noite da última Sexta-Feira de Outubro de 2009
João Bosco