A fraude
Dica de leitura
Livro: PONTO DE IMPACTO
Título original: DECEPTION POINT
Autor: DAN BROWN
Às vésperas da eleição presidencial norte-americana, uma incrível descoberta da NASA pode mudar todo o cenário político. A agência espacial encontra um enorme meteorito enterrado na geleira Milne, no alto Ártico, contendo fosseis – uma prova irrefutável da existência de vida extraterrestre.
A extraordinária revelação é feita exatamente quando a NASA se torna uma questão central na disputa pela presidência. O candidato à reeleição, o presidente Zachary Herney, vem perdendo pontos com os ataques de seu oponente, o senador Sedgewick Sexton, à ineficiência e aos gastos excessivos da agência espacial.
Para evitar especulações sobre a autenticidade do meteorito, a Casa Branca convoca Rachel Sexton, analista do NRO – o Escritório Nacional de Reconhecimento, importante organização da comunidade de inteligência americana – e filha do adversário do presidente, para verificar os dados levantados pela NASA. Além dela, quatro renomados cientistas são enviados para o Ártico, entre eles o oceanógrafo e apresentador de TV Michael Tolland.
Quando começam a levantar suspeitas de fraude, os cientistas passam a ser caçados por uma equipe de assassinos profissionais, controlada à distância por um inimigo poderoso que precisa eliminá-los um a um para resguardar seu segredo. Tentando escapar da morte, Rachel e Michael enfrentam os perigos da gelada paisagem do Ártico e inúmeras outras ameaças enquanto tentam descobrir quem se esconde por trás dessa genial armação.
INÍCIO DO LIVRO:
PRÓLOGO
A morte, naquele lugar deserto e esquecido por todos, podia ter infinitas formas. O geólogo Charles Brophy havia enfrentado o esplendor selvagem daquele terreno durante anos, mas, ainda assim, nada poderia prepará-lo para um destino tão bárbaro e antinatural quanto aquele que em breve encontraria.
Os quatro huskies siberianos que puxavam o trenó pela tundra subitamente reduziram a marcha, olhando para o céu.
— O que há, rapazes? – perguntou Brophy, descendo o trenó carregado com equipamentos geológicos.
Atravessando as pesadas nuvens que anunciavam uma tempestade, um helicóptero de transporte de dois rotores passou entre os picos glaciais com precisão militar, manobrando em direção ao solo.
Estranho, ele pensou. Nunca havia visto helicópteros tão ao norte. A aeronave pousou a uns 50 metros, levantando um jato de neve granulada. Os cachorros ganiram, assustados.
As portas se abriram e dois homens desceram. Vestidos com uniformes militares brancos apropriados para o frio e armados com rifles, eles caminharam na direção de Brophy com determinação.
— Dr. Brophy?
O geólogo ficou paralisado.
— Como sabe meu nome? Quem são vocês?
— Pegue seu rádio, por favor.
— O quê?
— Faça o que eu disse.
Perplexo, Brophy puxou o rádio de dentro de sua parca.
— Precisamos que você transmita um comunicado de emergência. Ajuste sua freqüência de transmissão para 100 kHz.
100 kHz? Brophy não estava entendendo nada. Ninguém pode receber nada em uma freqüência tão baixa.