Quem aprende, ensina. Quem ensina aprende. Contribuições reflexivas a partir da Psicopedagogia. (1)
 Prof. João Beauclair(2)

I - Introdução: 
                         “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.”  Paulo Freire

A Psicopedagogia colabora ao refletir sobre nossas ações como ensinantes do presente, ocupados com as complexas tarefas de educar neste século XXI repleto de dilemas, tensões, desafios, perspectivas. Aqui estamos objetivados às discussões sobre os lugares e os sujeitos do aprender hoje, onde a partir do par dialógico ensinante-aprendente, iremos refletir acerca da necessária revisão paradigmática em nossos espaços e tempos educacionais.
     A partir de diferentes estudos sobre aprendizagem e cognição, a meta maior é partilhar ideais, ideias e utopias que reverberem em nossas cotidianidades, independente do lócus formal onde estamos interagindo em prol da melhoria educacional e acreditando que a emancipação humana só pode ocorrer com a aprendizagem.
    Aqui temos trabalhados: 1) os conceitos ensinante e aprendente, validando o fato de nossa Psicopedagogia Brasileira estar, em sua continuada trajetória, contribuindo para as questões relativas ao aprender em nosso tempo; 2) a temática autoria de pensamento como sendo a mola mestra para fazer com que nossas reflexões motivem para a alegria da aprendizagem; 3) algumas proposições ao enfretamento dos grandes desafios do trabalho docente no século XXI.
    Com isso, tecemos algumas ideias e estímulos ao nosso seguir em frente, na busca de alternativas à construção de uma educação que qualifique a subjetividade humana, que aceite as diferenças e trabalhe de modo onde todos possam estar incluídos na magia do aprender, na magia do ensinar.

II – Textos e Contextos: ler e escrever aspectos da realidade educativa.
 
“(...) aprender é o risco da
mistura com a diferença
”.
Neusa Kern Hickel
 
As transformações ocorridas no mundo, nas práticas pedagógicas e nas relações sociais nos impulsionam a pensar sobre nossas continuadas formações e atuações como profissionais de Educação e Saúde. Hoje, percebendo o que norteia nossas vidas, somos desafiados a busca de novos saberes, novos conhecimentos a fim de compreender as múltiplas relações presentes nas dinâmicas relacionais da aprendizagem.
        A Psicopedagogia, numa compreensão deste movimento, busca análises - com os maiores detalhes possíveis-, sobre as diferentes maneiras que, como humanos, todos nos tomamos contato com a aprendizagem. Enquanto campo de atuação, a Psicopedagogia ocupa-se de investigar o aprender e o não-aprender, o aprender e suas dificuldades, a não-revelação do que de fato se aprendeu, a fuga das possíveis situações de conhecimento e a ausência do desejo de aprender.              
        Com tudo isso, busca nesta tarefa explicitar quais são as reais possibilidades de aprendizagem do sujeito e procura elaborar identificações sobre suas dificuldades, enfatizando as competências que já possui para, a partir daí, intervir.          
        Pela sua importância no momento presente do mundo, que cada vez está mais focado no desenvolvimento da aprendizagem humana, a Psicopedagogia se propõe a olhar com clareza as relações acima referidas, em momentos e movimentos que conduzam ao envolvimento de todos os que estão agindo e atuando nos cenários do aprender e do ensinar, ou seja, os aprendentes, os ensinantes, os pais, enfim. Refletindo e agindo, estamos sempre em busca do tornar cada vez mais claros os aspectos obscuros presentes na dinâmica do aprender e do ensinar. 
       Será na vivência dos casos de não-aprendizagem que poderemos socializar experiências, possibilitar espaços de interação, de olhar e de escutas, observando relatos, comprovando a importância das intervenções psicossocioeducativas nas supostas incapacidades para a aprendizagem, avançando nos aspectos da afetividade e da cognição.
         O trabalho psicopedagógico na escola pode ampliar competências para: 

* A introdução de novos posicionamentos e modos de olhar; 
* A assunção de posturas e conhecimentos básicos que devem estar presentes na práxis pedagógica;
* A reorganização dos modos de produção e construção de conhecimentos.

        Com isso, tanto numa perspectiva terapêutica quanto preventiva, a Psicopedagogia busca o despertar do sujeito para a magia do aprender incentivando a autoria de pensamento, modo que acreditamos favorecer as necessárias tomadas de decisão para irmos além das margens do saber, rumo à autonomia.
        Nosso desafio, hoje, é perceber as inúmeras mudanças ocorridas no mundo e suas interferências na prática cotidiana da escola, além das influências, obviamente, das complexidades presentes na vida social. Podemos, com o apoio da Psicopedagogia, olhar para as relações presentes na aprendizagem sob novas luzes, ampliando perspectivas e inteirando-se das nossas diferentes dimensões humanas.
       Na busca pelo predomínio de nossas pulsões de vida, somos sempre convidados a partilhar reflexões a respeito da Educação, do Aprender e do Ensinar no mundo em que vivemos, pleno de questionamentos a respeito das maneiras como orientamos nossos alunos/educandos/aprendentes, num tempo social repleto de rápidas mudanças e influenciado pela cultura do sucesso, da competitividade e, com isso, amplo em suas exigências e conteúdos. Acreditamos que o saber, o ensinar, o aprender e o conhecer nunca estiveram tão em voga como nos tempos atuais.
       De um modo bem amplo, o que se espera de nós? Ou, reformulando a pergunta: quais são os objetivos educacionais a serem perseguidos pela escola?

* Autonomia e autoria, pré-requisitos essenciais para a vida social;
* Posicionamento crítico mediante a realidade;
* Capacidade de tomada de decisão;
* Iniciativa frente ao imprevisto e ao improvável;
* Capacidade de síntese e análise contextualizadas.
 
     Assim, novas habilidades e competências nos são necessárias para nossa adaptação e fluidez neste mundo de complexas e permanentes mudanças, mas não se pode viver isso de modo apressado, desrespeitando as fases e os ciclos de desenvolvimento de cada sujeito aprendente. O que muitas vezes observamos é aprendentes segmentados e divididos, com seus ensinantes (pais e professores) confusos no que se refere aos seus papéis e funções. Alternativa? Juntos refletirmos sobre nossos afetos, pilares e amorosidade, no ensinar aprendendo.


III – Por entre afetos, pilares e amorosidade: ensinar aprendendo.

“(...) não se pode aprender se não reconhecemos algo de nosso saber.
Tampouco podemos aprender se não damos espaço ao não-saber
.”
Alicia Fernández

A existência de um novo alvorecer para a educação de nosso tempo nos conduz para a imensa necessidade de um olhar mais humanístico sobre o Ser e o Mundo, em suas complexidades e relações. Urge posicionamentos novos, de cada um de nós, mediante tal questão. Compreendermos o outro como legitimo outro, olhado e sentipensado em sua integralidade e em formação permanente e consciente, capacitando-se para o momento social, cultural e histórico que vivenciamos na contemporaneidade.
       Desafiados somos a criar novos modos de ser e estar na família e nas instituições, sabendo que nossos investimentos de energias, tempos e recursos devem ir além dos fragmentos independentes que, em muitos momentos, acabamos por assim sentir: sem autonomia, perdidos diante tantas solicitações e orientações, oriundas de um excesso de informação disponibilizada e de uma escassez de coerência entre os diferentes campos do saber humano. 
        Ocupados, cada vez mais ocupados, ficamos sem o necessário tempo para melhor discernimento e opinião reflexiva: nossa formação acelerada, rápida, em muitos momentos, não faz com que seja elaborado o necessário vínculo ao nosso desenvolvimento como aprendentes.
        Mediante o exposto, devemos nos questionar:
 
* Quem somos nós?
* Em que acreditamos?
* Quem nos forma/deforma?
* Quem (e como) formamos/deformamos?
*  Em prol de que projeto de vida atuamos?
* Que visão de mundo apostamos nosso futuro? 
* Situados em que premissas estão os nossos afetos? 
* Sobre que pilares se constroem, hoje, a estrutura interna de cada sujeito?

     Sabemos, enquanto formadores, que o sujeito aprendente se constitui como tal nas suas múltiplas relações com o entorno social e cultural onde está inserido, num contexto que conecta a história de seu desenvolvimento como ser de linguagem, portanto, como ser pensante. Este desenvolvimento, sempre vale a pena recordar, é infinito e ocorre como processo vital, de modo subjetivo e intersubjetivo, nas dinâmicas de nossas existências e interações com a sociedade e a cultura.
      Assim, somos susceptíveis às distintas interferências presentes em nosso meio social de inserção, num movimento permanente onde, ao intercambiar, aprendemos com alguém que aprende e alguém que ensina, na dinâmica existente entre posicionamentos aprendentes e ensinantes.
     Os ensinantes são muitos em nossas histórias de vida: aprendemos com nossos pais e avós, com nossos primos e tios, com nossos amigos, com os nossos professores. Aprendemos todo o tempo, e o tempo todo, em nossas interações circulares no mundo de nossas convivências, em nossas relações com o outro. A aprendizagem está, indubitavelmente, vinculada ao conhecimento. Sara Pain nos alertou que “todo conhecimento é conhecimento do outro” (3), pois o aprender conecta-se com o conhecimento e, para conhecer, é vital a relação com o outro. O outro, posicionado como ensinante e estabelecendo relações vinculares para que seja possível a aproximação (ou até mesmo a apropriação) do conhecimento disponibilizado neste processo.
     De acordo com nossos estudos e pesquisas, compreendemos que entre quem ensina e quem aprende se constrói um mundo de diferentes possibilidades onde é possível haver a presença do prazer de estar aprendendo, através do nascimento de um vínculo onde o sujeito aprendente se conecta, mostra os seus conhecimentos, suas vivências anteriores, seus conteúdos e, com isso, elabora sua própria autorização para o encontro com o outro e, com isso, incorporar seus ensinamentos.
     O sujeito aprendente, com os seus conhecimentos resultantes de suas anteriores vivências, se permite ao acessar informações novas, transformando-as e incorporando-as ao seu repertório interno. Cabe-nos, então, validar o conhecimento prévio de cada sujeito aprendente com os quais vivenciamos e, com isso, seguir ensinando e aprendendo, aprendendo e ensinando ao caminhar junto pois “(...) ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, sem aprender a refazer, a retocar o sonho por causa do qual a gente se pôs a caminhar”. (4)
     Se assim compreendemos, ensinar e aprender são processos que caminham juntos, em dialética interação e ao estarmos nos posicionando e nos compromissando como ensinantes do presente, devemos nos remeter ao papel essencial de mostrar possibilidades, facilitar a abertura de novos caminhos, sendo cada um de nós “um fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos.” (5). No manuseio das informações, na transmissão de conhecimentos e na partilha da sabedoria, ensinantes e aprendentes se constituem autores de suas histórias de vida, onde será o desejo o promotor da autorização ao uso de possibilidades distintas, de instrumentais diferenciados para que o conhecimento se construa e a vida siga seu curso. 
     Todos nós, ensinantes do presente, podemos ser: 
 
     * Sensíveis ao outro; 
     * Instigadores ao desejo de aprender;
     * Promotores e protetores da necessária autonomia do sujeito aprendente;
     * Arautos da liberdade, como essência da responsabilidade ética e cidadã; 
     * Pesquisadores de nossas próprias práticas, percebendo nossos espaços e tempos de atuação como lócus privilegiado para tal; 
     * Propiciadores da alegria da aprendizagem, da descoberta e da autoria de pensamento. 

     Assim, seguiremos a máxima de que ensinar é acreditar e que o aprender verdadeiro se dá: 
     
     * No ensinar é aprender;
     * No ensinar é compartilhar utopias;
     * No ensinar numa perspectiva humanística;
     * No ensinar como um projeto de vida.

     Enquanto ensinantes do tempo presente nossos maiores desafios estão na árdua tarefa de ensinar a pensar sobre o próprio pensar, alçando voos para a metacognicão. Para tanto, necessitamos, cada vez mais, de ampliarmos nossas habilidades como comunicadores, como pesquisadores de nossas próprias práticas, elaborando nossos próprios raciocínios, nossas sínteses e teorias, buscando em nós mesmos a autonomia e a competência necessária ao nosso fazer.
     Fundamentando nossas ações deste modo, alguns procedimentos podem nos favorecer para um novo olhar em relação à práxis educativa que, a nosso ver, sempre é uma prática psicopedagógica, pois nela está presente à dialógica relação entre quem aprende e quem ensina. Eis uma proposição:
 
     * Fazer uso do lúdico e dos jogos como princípios de construção de conhecimentos, de saberes; 
     * Estabelecer relações entre o vivido como experiência pelos nossos aprendentes e os múltiplos conteúdos formais presentes em nossas matrizes curriculares; 
     * Incluir, neste processo, a complexidade dos conteúdos de nossos contextos sociais; 
     * Propor relações dialógicas nos espaços e tempos do aprender e do ensinar, favorecendo uma Pedagogia da Amorosidade e da Pergunta (aprendemos porque amamos e perguntamos).

     Com isso, será possível nos envolver em processos educativos que nos conduzam para outros resultados e compromissos, outras perspectivas para nossas práticas, onde nelas esteja presente a alegria da co-responsabilidade pelo aprender e ensinar, a possibilidade real da auto-aprendizagem.

IV: Como provisória conclusão: seguir acreditando na Educação.
 
                                       “(...) só ensina quem se deixa ensinar...” 
                                                                                 Regina Orgler Sordi
 
Seguir acreditando no poder transformador da Educação, como promotora de nossos avanços como sujeitos históricos e inseridos no complexo de nosso tempo é árdua tarefa a ser vivenciada com alegria e amorosidade.
     Presenciamos inúmeras mudanças e desafios e o momento atual nos presenteia com uma grande demanda por Educação, por Conhecimento, por Sabedoria. Nossas intervenções sociais e institucionais são desafiados a movimentarem neste sentido e, não nos resta dúvida, da importância desta tarefa, deste trabalho. Com nossos tantos materiais, idéias e ideais, necessário se torna colocar, cada vez com mais intensidade do viver, a mão na massa para, com a prática reformulada, pensada e vivenciada com inteireza, novos projetos e novos estudos possibilitem o arejar de nossos corpos, cérebros, mentes e espíritos. 
     Na busca por novas histórias e conquistas, a ousadia em fazer de nosso caminhar um movimento de autoria cria novas cosmovisões e crescimentos, exercita nosso desejo de uma cidadania planetária, ensina a cada um de nós as potencialidades de uso de nossas capacidades de visão crítica, entendendo (ou tentando entender) nossa presença e a presença dos outros no mundo. Sermos autores de nossas próprias histórias, cultivando no jardim de nossas vidas sentimentos e valores de solidariedade, amorosidade e justiça, acima de tudo, nos conduz a seguirmos acreditando na Educação e no poder presente no ato humano de aprender e ensinar: cada um traz em si a luz para saber qual é o seu projeto de vida. Nosso desafio está em ver a LUZ.
 
Referências:
(1) Prof. João Beauclair. Doutorando em Intervenção Psicossocioeducativa pela Universidade de Vigo, Espanha. Arte-educador, Psicopedagogo, Mestre em Educação. Palestrante e Conferencista Internacional. Especialista em Cognição e Aprendizagem. Autor de diversos livros e artigos sobre Educação e Psicopedagogia, homepage: http://www.profjoaobeauclair.net e-mail joaobeauclair@yahoo.com.br
(2) Síntese da Conferência pronunciada no XX Congresso de Educação do SINPEEM, em 30/10/09, São Paulo, SP.
(3) PAIN, Sara. citada por GROSSI, Esther Pillar. A coragem de mudar em Educação. Editora Vozes, Petrópolis, 2000, pág.19.
(4) FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Editora Paz e Terra. São Paulo, 2001, p.155.
(5) ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. Cortez: Autores Associados. São Paulo, 1981.

Bibliografia complementar:
ALVES, Maria Dolores Fortes. De Professor a Educador. Contribuições da Psicopedagogia: ressignificar os valores e despertar a autoria. Editora WAK, Rio de Janeiro, 2006.
BEAUCLAIR, João. Dinâmica de Grupos: MOP Metodologia de Oficinas Psicossocioeducativas (uma introdução). Editora WAK, Rio de Janeiro, 2009. BEAUCLAIR, João. “Me vejo no que vejo”: o olhar na práxis educativa psicopedagógica. Exclusiva Publicações, São Paulo, 2008.
BEAUCLAIR, João. Do fracasso escolar ao sucesso na aprendizagem. Editora WAK, Rio de Janeiro, 2008.
BEAUCLAIR, João. Ensinar é acreditar. Coleção Ensinantes do Presente, volume I. Editora WAK, Rio de Janeiro, 2008.
BEAUCLAIR, João. Educação & Psicopedagogia: aprender e ensinar nos movimentos de autoria. Pulso Editorial, São José dos Campos, São Paulo, 2007. BEAUCLAIR, João. Incluir, um verbo/ação necessário à inclusão. Pulso Editorial, São José dos Campos, São Paulo, 2007.
BEAUCLAIR, João. Para entender psicopedagogia: perspectivas atuais, desafios futuros. Editora WAK, Rio de Janeiro, 2006. Segunda edição 2007.
BEAUCLAIR, João. Psicopedagogia: trabalhando competências, criando habilidades. Editora WAK, Rio de Janeiro, 2004. Terceira edição 2008.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. A formação do professor pesquisador: 30 anos de pesquisa. In: TORRE, Saturnino de La (direção). Transdisciplinaridade e Ecoformação: um novo olhar sobre a educação. Triom Editora. São Paulo, 2008. FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. (org.). Didática e interdisciplinaridade. Papirus Editora. São Paulo, 2005.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: qual o sentido? Editora Paulus. São Paulo, 2003.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org). Dicionário em construção: Interdisciplinaridade. Cortez Editora. São Paulo, 2002.
FERNANDEZ, Alicia. Os idiomas do Aprendente. Artes Médicas, Porto Alegre, 2001. FERNÁNDEZ, Alicia. O saber em jogo: a Psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Artes Médicas, Porto Alegre, 2001.
FREIRE, Paulo e FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1985.
MORAES, Maria Cândida. Educar na biologia do amor e da solidariedade. Editora Vozes. Petrópolis, 2003.
MORAES, Maria Cândida e TORRE, Saturnino De La. Sentipensar: Fundamentos e Estratégias para Reencantar a Educação. Editora Vozes. Petrópolis, 2004.