A VIDA NOS PALCOS DA EXISTÊNCIA
Vivemos em um mundo marcado pela cultura do simulacro, do teatro, das representações. De certa forma somos todos atores, estamos no palco representando papéis. Somos heróis e vilões, mocinhos e bandidos e às vezes palhaços. Quem somos depende do enredo, do script a ser seguido em cada personagem que encarnamos na vida, a vida não passa de uma grande novela, um filme ou seria um reality show? Quem é você? Quem sou eu? Quem somos nós? Nesse set de filmagem? Se olharmos com sinceridade talvez nem nos reconheçamos diante do espelho. Estamos tão travestidos, tão envolvido pelo personagem que representamos na vida que já nos esquecemos de ser quem realmente somos. De certa forma nos tornamos uma caricatura de nós mesmos.
Ser quem realmente somos, é um desafio que muitos já não se arriscam a enfrentar (e talvez com razão) As pessoas não nos aceitam como somos; preferem que sejamos como elas querem, conforme nos idealizam. Já não há lugar para aqueles que desejam ser autênticos, que se assumem com os todos os seus predicados, defeitos e qualidades. Agir assim é transgredir as sagradas regras do nosso tempo isso é um pecado imperdoável e o resultado pode ser a expulsão do paraíso.
Na novela da vida, ama-se a hipocrisia, a mentira e a fantasia. Preferimos as coisas ensaiadas, as palavras decoradas, os gestos repetidos, tudo como manda o figurino. Se agimos assim recebemos aplausos honras e louvor; caso contrário somos dignos de vaias e de críticas da platéia que julga a nossa atuação.
Eu decidi. Vou representar outro papel, quero ser eu mesmo; afinal, não somos galãs, a vida não é um programa e não passa na televisão.