Maquina(l)mente
O homem é um ser extremamente vaidoso. Ele planeja, cria, extrapola e até tenta dominar o mundo.
A cada dia consegue coisas fantásticas, pois manipula a própria inteligência que ferve diabolicamente para satisfazer suas ambições.
Sacrifica sua simplicidade e entrega-se aos projetos brilhantes que tece com as mãos ágeis e espera ansioso pelo sucesso.
O homem já não se contenta mais com os sonhos: o sucesso o enlouquece. E na corrida desvairada à sua procura vale tudo: desde o esforço honesto à fraude.
O mundo comandado por homens assim transformou-se num quadro estranho. A felicidade está mal-humorada, e a violência evidencia-se, progressivamente, gerando o ódio que rasga tudo o que há de belo.
É triste contemplarmos, além disto, o progresso das drogas, dos vícios, do sexo livre que afetam traiçoeiramente a fragilidade do ser humano.
Li-ber-da-de! Quantos e quantos sentem necessidade de ser livres, mas infelizmente há vidas que estão presas às garras assassinas das drogas e dos vícios e, sem forças, sem chance de rebelar-se, encharcam-se às cegas nesta promiscuidade.
Mas um dia o vazio torna-se uma constante fadiga, o peito retrai, a intranqüilidade parece sufocá-lo e, como criança faminta, grita.
Grita suas fraquezas, pede socorro, quer paz!
Talvez ele não saiba, mas há esperanças.
Ainda que tudo esteja escuro, o homem perdido pode achar-se e refazer-se, basta dar passos de fé e acreditar arduamente em Cristo: porque Ele é o dono da liberdade e dEle jorra a felicidade, o socorro e a paz!
* Publicada no livro "...mas a alegria vem pela manhã", de Onã Silva