Início da cruzada cívica
Fim da euforia (ou da alforria).
Passada a desilusão do futebol com a perda da chance de ganhar o caneco, criada pela maciça propaganda da imprensa que tentava nos convencer que nossa seleção era imbatível, acordamos como se tivéssemos caído da cama após encontrar um fantasma francês.
E como não é possível corrigir o resultado obtido pelo time que se imaginou o mais forte do mundo e escorregou em sua vaidade e na cegueira de seu comandante que não trocou as peças necessárias (por incompetência ou por pressão de patrocinadores), resta-nos agora engajar forças numa luta na qual realmente podemos decidir o resultado: o futuro de nossa pátria.
Começaremos agora, modestos trechos superficiais de alerta sobre as eleições, envolvendo as poucas opções de candidatos, a suspeita sobre os poucos que ainda reluzem e os mecanismos sórdidos usados para montar a encenação de um pleito que já pode estar com o resultado pronto, tendo em vista a sistemática usada para coletar e apurar os votos (*).
Se lhe sobrou alguma indignação com o resultado que a seleção obteve, não se desgaste indo ao aeroporto para chamar o técnico de burro ou mercenário. Seja esperto e perceba que os atletas apenas configuram um grupo de marionetes preparadas para iludir a cabeça do povo aflito que não percebe que serve como massa de manobra. Use sua lucidez para entender o quadro, montar sua opinião e esclarecer os que trafegam no escuro, pelas vias escuras e esburacadas onde nossa dignidade vem sendo pisoteada há dezenas de anos pelos abutres sustentados no poder com os impostos que pagamos.
(*) – Se você acredita que seu voto irá seguramente para o candidato escolhido (até mesmo o NULO), visite:
www.votoseguro.org e não deixe de ler o manifesto dos professores.
Haroldo P. Barboza – Julho/2006
Autor do livro: Brinque e cresça feliz
Referendo de sucesso será o que permitir expurgo no Congresso!